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Eficiência da inseminação artificial em tempo fixo utilizando dispositivo de progesterona associado com GnRH ou benzoato de estradiol em novilhas da raça Nelore

Autores
Vinicius Antônio Pelissari Poncio, Alfredo José Ferreira Melo, Keila Maria Roncato Duarte, Claudio Alvarenga de Oliveira, Rafael Herrera Alvarez

Resumo

O emprego de estrógenos nos protocolos hormonais para programar a inseminação
artificial dos bovinos é o método mais barato e eficiente atualmente disponível. Entretanto,
a tendência de proibir o uso de estrógenos para esse propósito torna necessária a procura por
alternativas que substituam os estrógenos sem prejudicar o desempenho reprodutivo dos animais. O objetivo deste estudo foi avaliar as taxas de concepção de novilhas de corte Bos indicus tratadas com dispositivo de progesterona (P4) associado ao GnRH ou a um éster de estradiol. Novilhas púberes da raça Nelore (n = 100) foram tratadas no dia 0 com um dispositivo intravaginal contendo 1 g de P4 e distribuídas aleatoriamente em dois grupos. O grupo GnRH (n = 49) recebeu uma injeção im de 100 μg de GnRH, enquanto que o grupo E2 (n = 51) recebeu 2 mg de benzoato de estradiol (BE). O dispositivo de P4 foi removido após 5 (grupo GnRH) ou 8 (grupo E2) dias, seguido de uma injeção de 125 μg do análogo de PGF2α, cloprostenol. Nesse momento, o grupo E2 recebeu, adicionalmente, 300 UI de eCG. Vinte e quatro horas depois, o grupo GnRH recebeu uma segunda injeção de 125 μg de cloprostenol, enquanto que o grupo E2 recebeu 1 mg de BE. As novilhas foram inseminadas 72 (grupo GnRH) ou 54 (grupo E2) horas após a retirada do dispositivo de P4 e, no momento da inseminação, o grupo GnRH recebeu adicionalmente uma
injeção de 100 μg de GnRH. O cio foi monitorado no período da injeção de cloprostenol até o
momento da inseminação artificial (IA) e o diagnóstico de prenhez foi realizado 40 dias após a
IA, utilizando ultrassonografia transretal. Os dados foram analisados pelo teste exato de Ficher.
A taxa de prenhez foi 38,8% e 31,4% para os grupos GnRH e E2, respectivamente (P>0,05). Houve uma tendência (P=0,07) da condição ovariana das novilhas, ciclando ou em anestro, influenciar a taxa de prenhez no grupo GnRH, mas não no grupo E2. No momento da IA, 33,3% das novilhas do grupo GnRH apresentaram sinais de cio contra 88,2% do grupo E2 (P<0,05). Contudo, o momento de manifestação do cio não influenciou a taxa de prenhez. Em conclusão, o uso de GnRH pode ser recomendado para substituir o estradiol nos protocolos de sincronização do cio visando a IATF em novilhas Nelore.

Palavras-chave: Bos indicus, BE, Co-synch 5 dias, IATF, taxa de prenhez.

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