Autores
Adna Crisléia Rodrigues Monção de Lima, Mariana Santos de Miranda, Lívia Castelani, Juliana Rodrigues Pozzi Arcaro, Claudia Rodrigues Pozzi, Eder Pinatti
Resumo
Objetivou-se avaliar o atendimento à Instrução Normativa 62 em propriedades leiteiras no estado de São Paulo, estudar a ocorrência de mastite subclínica de quartos mamários por meio do California Mastitis Test (CMT) e da contagem de células somáticas (CCS), estabelecer a etiologia da mastite, analisar o comprometimento da CCS das diferentes propriedades de acordo com os micro-organismos isolados e verificar a influência das condições climáticas na ocorrência de mastite. Os percentuais de mastite subclínica analisados pelo CMT em relação ao número de animais e quartos mamários foram de 48,3% (232/480) e 26,2% (496/1892) respectivamente. Considerando o limite atual de CCS da IN 62, 88,8% das propriedades atendem a IN 62. No entanto, analisando o objetivo final da IN 62 que é atingir 400.000 céls/mL algumas propriedades já ultrapassam e outras estão muito próximas desse limite. As frequências dos micro-organismos por propriedade foram diferentes. As propriedades E e D tiveram os resultados mais críticos. Entre as 388 amostras positivas ao exame microbiológico, Staphylococcus aureus foi o micro-organismo mais prevalente, com 34,02% dos isolados. O Streptococcus spp. foi o agente mais associado às elevadas CCS, com coeficiente de correlação de 0,20286. O trabalho mostrou que os patógenos da mastite consistem em um fator de variação da resposta celular. Os micro-organismos isolados representam uma redução na produção e qualidade do leite, além de oferecerem vários riscos à saúde humana. A associação entre clima e mastite está subordinada ao tipo de manejo adotado, profilaxia e também à estrutura e limpeza das instalações da propriedade.
Palavras-Chave: Staphylococcus aureus; contagem de células somáticas; mastite bovina; Instrução Normativa 62.
Fonte: Acta Veterinaria Brasílica, v.9, n.2, p.114-125, 2015.
Íntegra (PDF)
Veja todos os artigos