Autores
Welder Angelo Baldassini, Antônio Carlos R. dos Santos, Geovani B. Feltrin, Marcelo Aranda da Silva Coutinho, André Lasmar Guimarães, Maria Eugênia Z. Mercadante, Amália Saturnino Chavez, Dante Pazzanese D. Lanna
Resumo
Dados de consumo de matéria seca (CMS) são fundamentais para o cálculo dos índices de eficiência alimentar, os quais norteiam as tomadas de decisões nos programas de seleção genética. Objetivou-se abordar as tecnologias disponíveis para medir o CMS em bovinos, os protocolos de mensuração de consumo, bem como a utilização destes nas avaliações genéticas. Entre as tecnologias, a identificação eletrônica por rádio frequência, acoplada a cochos com pesagem e armazenamento dos dados pode ser usada para o monitoramento do CMS ao longo do dia. Quando feito em baias individuais, o confinamento pode alterar o comportamento, desempenho e eficiência alimentar, e, consequentemente, a relevância dos dados nessas instalações pode ser questionada. O Calan-gate é um equipamento alternativo para baias coletivas, contudo animais dominantes podem conseguir acesso ao alimento dos subordinados. Já o GrowSafe, além de registrar o CMS de cada animal, efetua a medição do tempo (duração) e frequência (quantas vezes o animal frequenta o cocho). Visando qualidade dos dados de CMS e eficiência alimentar, os testes de desempenho devem ter duração mínima de 70 dias, contudo esse tempo pode variar de acordo com as diferenças biológicas entre os animais e variabilidade associada ao erro de medição. Vários trabalhos demonstram que existe de moderada a forte correlação genética entre os dados de CMS e os índices de eficiência alimentar, mostrando que considerável variação para esta característica existe entre os animais. Com isso, a seleção genética utilizando essas características aumentaria consideravelmente a rentabilidade no sistema de produção de bovinos de corte, sendo que a acurácia e precisão na mensuração do CMS são fundamentais nesse processo.
Palavras-chave: avaliações genéticas, bovinos, consumo, eficiência alimentar, tecnologias.
Fonte: Scientia Agraria Paranaensis, v.15, n.1, p.5-14, 2016.
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