22/06/2015
Pesquisador do IZ ministra palestra sobre micotoxinas na suinocultura
Os compostos tóxicos prejudicam a saúde animal e humana.
A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por
meio do pesquisador do Instituto de Zootecnia (IZ/APTA) Fábio Enrique Lemos
Budiño, apresentou a palestra “Avaliação da eficiência de adsorventes na ração
e efeitos de micotoxinas”, no Simpósio Internacional de Produção e Sanidade
Suína – SIMPORK, promovido pela Unesp Jaboticabal, em maio. Foram abordadas as
principais micotoxinas que afetam os suínos, os efeitos negativos sobre os
animais e seus efeitos quanto à queda de desempenho e problemas de saúde.
Na palestra, Budiño falou sobre as formas de controle das micotoxinas
através do uso de adsorventes – substâncias que se ligam as micotoxinas
impedindo a absorção pelo sistema digestivo dos suínos.
As micotoxinas são compostos tóxicos
produzidos por fungos e parasitas. “O tema é de suma importância para o
produtor, pois afeta diretamente a saúde do rebanho com perdas econômicas
consideráveis”, fala Budiño.
A maioria dos países desenvolvidos não
autorizam importações de produtos com quantidades de micotoxinas acima dos
limites especificados por lei. Por isso as micotoxinas têm também implicações
para o comércio internacional.
Rações contaminadas por micotoxinas
constituem um risco para seres humanos, uma vez que produtos animais – carne,
leite e derivados – contendo resíduos de micotoxinas podem ser consumidos,
acarretando possíveis danos à saúde.
Para o secretário da Agricultura e
Abastecimento, Arnaldo Jardim, os programas de monitoramento e controle são
fundamentais na produção de alimentos para uso dos animais, neste caso, a
suinocultura. “Tudo depende da qualidade sanitária dos alimentos. O compromisso
da pesquisa científica é gerar informações aos produtores e às indústrias para
melhorar a eficiência da produção, além de garantir a qualidade sanitária dos
produtos de origem animal. Essa é uma preocupação específica do governador
Geraldo Alckmin”, destacou o secretário”, destaca Jardim.
Riscos e Prevenção – As principais micotoxinas – aflatoxina,
fumonisinas, zearalenona, ocratoxina relevantes na suinocultura – acarretam
diversos efeitos negativos sobre o desempenho animal. Elas podem provocar, edema
pulmonar agudo, lesão renal, hemorragias intestinais, vômito, recusa de
alimento, mortalidade embrionária, prolapso, vulvo vaginite.
A aflatoxina, por exemplo, ocorre,
principalmente, no amendoim e subprodutos, no milho, no farelo
de algodão, nas sementes oleaginosas, nos fenos, no sorgo,
no feijão e em muitos outros alimentos, sempre que ocorram
condições favoráveis de umidade e temperatura.
A contaminação pode ocorrer no cultivo,
transporte e armazenagem dos grãos. A presença de micotoxinas em grãos e outros
gêneros alimentícios de primeira necessidade têm sérias implicações para a
saúde humana e animal. Muitos países estipulam as quantidades máximas de
micotoxinas permitidas em alimentos e rações.
“Uma das medidas corretivas seria o uso
de enzimas que alteram a estrutura química das micotoxinas e o uso de
adsorventes”, disse Budiño.
O pesquisador destaca que o uso
adequado dos adsorventes visa eliminar os traços da micotoxina, não deixando
resíduos indesejáveis e não alterando a qualidade nutricional da dieta.
Os adsorventes mais utilizados são a
parede celular de leveduras, zeolitos, bentonita, aluminosilicato de cálcio e
sódio e carvão ativado. Antes de utilizar o adsorvente, o pesquisador orienta
verificar qual micotoxina irá combater, pois deverá ter uma estrutura correta
para imobilizá-la.
Lisley
Silvério (MTb. 26.194)
Jornalista – Assessora de Imprensa
Assistente Técnico de Pesquisa Científica e Tecnológica II
Instituto de Zootecnia
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