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06/08/2015

Pesquisa revela que raça Gir Leiteiro é eficiente em proteína A2

O estudo que apresenta alta frequência do gene da beta caseína A2 no leite é uma parceria do IZ e Unesp/Jaboticabal. O produto final trará beneficio à saúde

A raça Gir Leiteiro pode ser utilizada como recurso genético apropriado para produção de leite apenas com a proteína beta caseína A2, que, segundo dados científicos da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, por meio do Instituto de Zootecnia (IZ/Apta) em parceria da Unesp/Jaboticabal, agrega valor ao leite bovino e ao consumidor, por não estar associado a uma série de problemas para saúde humana.

O leite bovino é uma importante fonte de proteínas na alimentação humana. Das proteínas presentes no leite, cerca de 80% são as caseínas. As caseínas são as proteínas mais abundantes no leite bovino. As beta-caseínas respondem por 25 a 35% do total. Dentre as beta-caseínas, as mais frequentes são as codificadas pelos alelos A1 e A2.

Os resultados obtidos na referida pesquisa aponta uma vantagem para a raça Gir Leiteiro pela elevada frequência do gene que codifica a beta caseína A2. “Ao agregar valor ao produto, contribuímos também para a melhor remuneração do produtor”, fala o médico veterinário Anibal Eugênio Vercesi Filho, diretor do Centro de Pesquisa em Bovinos de Leite.

A raça Gir Leiteiro, além de agregar características já conhecidas – como rusticidade, adaptabilidade e resistência aos endo e ecto parasitas –, apresentam mais essa grande vantagem, devido ao leite não ser alergênico. A raça oferece, predominantemente, leite A2, não sendo afetada pela mutação genética do Alelo A1.

Segundo Anibal, os estudos já realizados no meio científico indicam que a Beta-Caseina A1 ao ser digerida tem como produto um peptídeo denominado Beta Casomorfina 7 (BCM7), que estaria relacionada a problemas de saúde humana como diabetes tipo 1 e arterosclerose.

Para esta pesquisa, foram genotipadas 385 matrizes da raça Gir Leiteiro, raça zebuína mais utilizada para produção de leite no Brasil, principalmente para a produção de animais mestiços.

O pesquisador detalha que as frequências alélicas foram 88,5% para o alelo A2 e 11,5% para o alelo A1. “Esse resultado pode agregar valor ao leite das vacas Gir Leiteiro, pelo fato do alelo A1, em baixa frequência nos animais estudados, estar associado a problemas de saúde humana.”

Centro de Pesquisa – Arnaldo Jardim, Secretário da Agricultura, enfatiza que a manutenção do nível tecnológico da produção de leite é de fundamental importância. “Na visão do governador Geraldo Alckmin, é de grande relevância os resultados das pesquisas do IZ, para que a cadeia produtiva do leite produza com competitividade, visando à qualidade e segurança alimentar”.

Com o enfoque de geração de novas tecnologias, todas as matrizes pertencentes ao rebanho serão avaliadas geneticamente para as características de produção de leite, gordura e proteína, além da saúde da glândula mamária (CCS).

Pqc IZ Dr Anibal Vercesi“Os animais serão genotipados para os alelos da beta caseína A (A1 e A2), visando selecionar matrizes que produzam leite contendo a beta caseína A2, proteína altamente relacionada a benefícios decorrentes do consumo de leite à saúde humana, associada à manutenção dos níveis adequados de colesterol, manutenção dos níveis glicêmicos e diminuição da incidência de alergia”, enfatiza Anibal.

No projeto estiveram envolvidos pesquisadores do Instituto de Zootecnia em parceria com a UNESP-Jaboticabal e Associação Brasileira de Criadores de Gir Leiteiro (ABCGIL).

Atualmente o Centro de Pesquisa em Bovinos de Leite, iniciou projeto de Melhoramento Genético do rebanho da raça Holandesa em Nova Odessa, onde um dos objetivos será um rebanho totalmente composto por animais que produzam leite com a beta caseína A2.

As matrizes do rebanho tiveram seu material genético coletado e este material será analisado pelo Laboratório de Genética Molecular do Instituto de Zootecnia. “Assim, em médio prazo, o IZ poderá fornecer leite contendo apenas a beta caseína A2, além de matrizes e reprodutores que passaram para seus descendentes essa mesma característica”, destaca Anibal.


Por Lisley Silvério (MTb 26.194)
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