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22/09/2016

Leite do IZ não causa diabetes, doenças cardíacas, arteriosclerose, alergias e inflamação da mucosa intestinal

O Instituto de Zootecnia (IZ) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo realizou análise da genética de bovinos para a produção de leite com proteína mais saudável. O IZ formou o primeiro rebanho leiteiro da raça Holandesa para fornecer ao pecuarista uma tecnologia diferenciada no Brasil – a genética do Leite A2, que não causa alergia.

A raça leiteira europeia produz leite com 50% de proteína A2. O objetivo da pesquisa é aumentar a incidência da proteína no rebanho, agregando valor ao leite bovino e ao consumidor, por não estar associado a uma série de problemas à saúde, que podem ser desencadeados na digestão da proteína A1, como diabetes, doenças cardíacas, arteriosclerose, alergias e inflamação da mucosa intestinal.

“Vale ressaltar que há varias proteínas no leite, potencialmente alergênicas, mas dentre os diversos problemas para saúde humana, provocados pela proteína A1, a alergia não é o principal deles. E essa proteína também não está relacionada com intolerância à lactose”, enfatizou o médico veterinário, pesquisador Anibal Eugênio Vercesi Filho.

Gado de Leite Holandês - rebanho IZ - leite A2O Centro de Pesquisa em Bovinos de Leite do IZ iniciou o projeto de melhoramento genético do rebanho da raça Holandesa, com 150 vacas, com objetivo de ter somente animais que produzam leite com a beta caseína A2, e que passarão para seus descendentes essa mesma e importante característica. Desse projeto, já nasceram cerca de 30 bezerros.

A meta do projeto é melhorar esse rebanho para três características econômicas – a produção de proteína, a contagem de células somáticas, que indica a sanidade de úbere, consequentemente, saúde para as vacas com leite saudável e a vida útil da vaca, para que fique mais tempo em produção no rebanho.

A diretora do IZ, Renata Helena Branco Arnandes, destacou que os pesquisadores do Centro de Bovinos de Leite estão empenhados em “melhorar a qualidade da matéria-prima, aumentar a competitividade e agregar valor aos produtos fabricados, haverá uma oportunidade ímpar de atender ao mercado interno e também aumentar a participação do Brasil na exportação”.

Arnaldo Jardim, Secretário da Agricultura, enfatizou que a manutenção do nível tecnológico da produção de leite é de fundamental importância, principalmente ao oferecer um produto para melhorar a saúde humana. “Na visão do governador Geraldo Alckmin, os resultados das pesquisas do IZ são de grande relevância para que a cadeia do leite produza com competitividade, visando a qualidade e a segurança alimentar”, disse.

Genotipagem da raça Gir

Os trabalhos do IZ iniciaram-se com a raça Gir Leiteiro. No projeto foram genotipadas 385 matrizes da raça Gir Leiteiro, raça zebuína mais utilizada para produção de leite no Brasil, principalmente para a produção de animais mestiços. A genotipagem dos animais foi feita para a determinação dos alelos A1 e A2.

A raça Gir Leiteiro, além de agregar características já conhecidas – como rusticidade, adaptabilidade e resistência aos endo e ecto parasitas –, apresentam mais essa grande vantagem. Na raça também predomina o leite A2 e há uma elevada frequência do gene que codifica a beta caseína A2, não sendo afetada pela mutação genética do Alelo A1.

As caseínas são as proteínas mais abundantes no leite bovino. Dentre as beta-caseínas, as mais frequentes são as codificadas pelos alelos A1 e A2. O pesquisador detalha que neste estudo foram verificadas as frequências alélicas, resultando em 88,5% para o alelo A2 e 11,5% para o alelo A1. “Esse dado pode agregar valor ao leite das vacas Gir Leiteiro, pelo fato do alelo A1 ser de baixa frequência nos animais”, destacou.

Assessoria de imprensa:
Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
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