IZ destaca o projeto de seleção das raças Holandesa, Jersey e Girolanda para produção de leite A2.
No dia em que o mundo celebra o “Dia Mundial do
Leite” pelos seus benefícios para a saúde humana, o Instituto de Zootecnia (IZ)
da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, enaltece a
pesquisa paulista e brasileira na pecuária leiteira, destacando o projeto de
seleção das raças Holandesa, Jersey e Girolanda para produção de leite A2. A
data foi estabelecida em 2001, pela Organização das Nações Unidas para
Alimentação e Agricultura (FAO), para reconhecer a importância do leite como
alimento global.
As pesquisas do IZ na pecuária de leite têm
realizado a seleção por meio da genotipagem dos animais para os alelos da beta
caseína A (A1 e A2), visando selecionar matrizes que produzam leite contendo a
beta caseína A2, proteína altamente relacionada a benefícios decorrentes do
consumo de leite à saúde humana, associada à manutenção dos níveis adequados de
colesterol, manutenção de níveis glicêmicos e diminuição da incidência de alergia.
Um dos principais objetivos, segundo o
pesquisador Anibal Eugênio Vercesi Filho, é compor um rebanho que produza
apenas leite com a beta caseína A2. As matrizes do rebanho tiveram o material
genético coletado e este material vem sendo analisado pelo Laboratório de
Genética Molecular do Instituto de Zootecnia. “Assim, em médio prazo, o IZ
poderá fornecer leite contendo apenas a beta caseína A2, além de matrizes e
reprodutores que passaram para seus descendentes essa mesma característica”,
destaca.
Conforme explicou o pesquisador, o teste genético para Caseína A2 é semelhante
ao teste de paternidade, coleta material biológico da vaca, extrai o DNA e
através da genética molecular identifica a composição genética. No rebanho do
IZ, estão utilizando vacas A2/A2 para produção de embriões e aumentar mais rapidamente
a frequência do A2.
“Para que o IZ comece a ofertar tourinhos e
leite A2, no mínimo, serão necessários cinco anos de composição do rebanho para
atender à demanda”, esclareceu Anibal.
Anibal ainda enfatizou que não há uma
legislação para o leite A2 – diferencial que deverá ser melhor aproveitado –,
pois hoje o leite com proteína A2 é misturado aos demais, anulando sua
vantagem. “Ao ponto que houver maior interesse pelo produto, com certeza a
cadeia produtiva se organizará e os próprios agentes econômicos – produtores,
cooperativas de laticínios e indústrias – exigirão legislações e mecanismos que
agreguem valor a um leite diferenciado.”
Os pesquisadores, do Centro de Bovinos de Leite
do IZ, estão empenhados no andamento do projeto do Leite A2, pois ao ter um
leite que esteja relacionado à saúde humana, irá agregar valor ao produto e
aumentar a rentabilidade da atividade.
Arnaldo Jardim, Secretário da Agricultura, destacou que “o nível
tecnológico das pesquisas do IZ são de grande relevância para que a cadeia do
leite produza com competitividade, visando à qualidade e segurança alimentar,
conforme o Governador Geraldo Alckmin enfatiza nos programas de produção de
alimentos de origem animal”.
Produção
brasileira
A produção brasileira de leite foi de 35
bilhões de litros de acordo com os dados publicados pela pesquisa do IBGE de
2015.
Minas
Gerais é o principal estado produtor de leite,
tendo participação de 41% de toda a produção do Brasil. O Paraná mantém a segunda posição, com 19% da produção. Goiás foi o estado que apresentou maior aumento no número de
produtores da listagem saltando de 8 para 12%. São Paulo é o quarto maior produtor do país, embora tenha, ao
longo dos anos, perdido produtores (em 2001, respondia por 29% contra 10% em
2012). Outros grandes produtores de leite são os estados do Rio Grande do Sul, Bahia e Ceará.
Por Lisley Silvério (MTb. 26.194)
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