O Instituto de
Zootecnia (IZ) e a Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA) vem,
desde 2012, ampliando as pesquisas relacionadas com a melhoria da qualidade do
leite, visando o produtor e também o consumidor. Até 2017, eram dois
laboratórios focados em trabalhos de monitoramento da qualidade do leite e
estudos de técnicas e tecnologias para melhoria da qualidade. Já para 2018,
apresentará o início das atividades do laboratório móvel (trailer) com
finalidade de ampliar as pesquisas para melhoria da qualidade do leite. O lançamento será na
Agrishow 2018 - Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação, que
ocorrerá de 30 de abril a 4 de maio, em Ribeirão Preto (SP) com o espaço
Caminho do Leite e o Laboratório móvel em Qualidade do Leite IZ.
Durante a feira, o pesquisador Luiz Carlos Roma Junior divulgará
resultados de pesquisas e técnicas para melhoria da qualidade do leite,
envolvendo aspectos de manejo de ordenha, nutrição e sanidade. Todos os
aspectos envolvem resultados de análise de leite e para isso também será
exposto a importância do laboratório e das análises realizadas.
Para o correto resultado e para ser uma ferramenta para o produtor, a
amostragem é fundamental. Por isso, durante a Agrishow serão apresentados os
tipos de amostras de leite, para que serve e quais informações são colhidas a
partir da correta amostragem. Na sequência, também serão apresentados quais
informações podem ser extraídas da análise do leite com foco na melhoria da
produção e qualidade do leite.
Roma afirma que a análise do leite é uma ferramenta que pode representar
todos os aspectos de produção, desde nutrição, ordenha, manejo e economia com
objetivo de auxiliar o produtor nas tomadas de decisão para sua atividade.
Segundo o pesquisador, atualmente, os laboratórios do IZ monitoram e
realizam estudos em mais de 110 propriedades de cinco regiões do Estado de São
Paulo, como Ribeirão Preto, Franca, Piracicaba, Itapetininga e Piquete, em
função da parceria com alguns Escritórios Regionais da Cati (EDR´s).
O volume de leite monitorado nas pesquisas realizadas no Instituto de
Zootecnia passam dos 610 mil litros mês de leite de vacas e búfalas, em termos
gerais são mais de 2200 animais monitorados mensalmente. “Sempre buscando o
aprimoramento da atividade e da qualidade, o IZ divulga os resultados de
pesquisa, do Instituto ou parceiros, aos produtores, para fortalecer a
transferência de tecnologia entre todos os elos da cadeia agroindustrial do
leite no Estado de São Paulo, afirma Roma”.
Os laboratórios estão equipados para análise da composição e contagem de
células somáticas, como na identificação bacteriana e antibiograma. Outras
análises mais específicas de cada projeto também poderão ser realizadas em
laboratórios das Universidades Estaduais parceiras como Esalq/USP e FZEA/USP.
Com a chegada do laboratório móvel, Roma comenta que o trailer aumentará
a área de abrangência para realizações de pesquisas em mais regiões do Estado e
auxiliará na divulgação de resultados de pesquisas e novas tecnologias
desenvolvidas.
Outro ponto importante é que o aumento nas áreas de pesquisa no Estado
pode auxiliar os pesquisadores em quais áreas poderão focar seus esforços de
pesquisas para auxiliar o criador em produzir mais e com mais qualidade.
Pesquisas envolvendo aspectos de nutrição, sanidade, ordenha e manejo
dos animais – todas com foco em qualidade e sustentabilidade da produção
leiteira – são realizadas nas dependências do Instituto, em unidades produtivas
e de pesquisas parceiras.
Transferência de Tecnologia - Uma área
tão importante quanto à anteriormente citada é a transferência de tecnologia
entre a pesquisa e o produtor rural. “Levar, aos agricultores, novos
conhecimentos, habilidades e técnicas, geram benefícios econômicos e sociais à
atividade, melhorando assim a qualidade de vida do produtor rural, em especial
quando se trata de agricultura familiar”, enfatiza Roma.
Segundo o pesquisador, o Instituto vem realizando pesquisas para
quantificar o impacto da transferência de tecnologia para os produtores
leiteiros sobre a qualidade do leite. “Um dos estudos, financiado pela Fapesp,
envolveu 240 pequenas propriedades da região de Ribeirão Preto, que durante 12
meses foram avaliadas em termos de qualidade do leite, como gordura, proteína,
extrato seco desengordurado (ESD), contagem de células somáticas (CCS) e
contagem bacteriana total (CBT).
Do total, 60 fazendas foram acompanhadas pela assistência técnica,
treinada pelo IZ, para melhoria da qualidade do leite. As outras 180 fazendas
foram apenas avaliadas sem qualquer assistência técnica treinada.
Roma destaca que a diferença entre os dois grupos foi significativa para
todos os componentes do leite, especialmente para CCS (sanidade) e CBT
(higiene). Houve melhora para amostras em conformidade com a legislação.
O resultado foi conseguido sem a imposição ou ajuda financeira externa,
apenas recebendo orientações sobre as melhorias. “Isso faz com que o resultado
seja mais significativo, mostrando a vontade do produtor em querer melhorar a
qualidade e sua atividade”, completa o pesquisador.
Assim, o Instituto de Zootecnia disponibiliza tanto as unidades fixas,
como a unidade móvel para auxiliar o produtor rural na melhoria da produção e
qualidade do leite, aumentando a lucratividade e sustentabilidade da atividade,
tudo através das pesquisas e tecnologias geradas.
Lisley Silvério (MTb. 26.194)
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