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18/04/2019

Pesquisadora do IZ destaca a conservação de solos nos Sistemas Integrados de Produção Agropecuária

Com a evolução das tecnologias para o sistema de plantio direto, novos sistemas foram desenvolvidos com a intenção de manter a sustentabilidade da produção ao longo dos anos, principalmente, em relação à conservação do solo e da água. Com isso, segundo a pesquisadora do Instituto de Zootecnia, Karina Batista, o grande destaque, nos últimos anos, tem sido para os Sistemas Integrados de Produção Agropecuária, abordagem de diversas pesquisas desenvolvidas no IZ.

Karina explica que os Sistemas têm vocação conservacionista, já que promovem a conservação do solo por meio da diversificação da atividade agrícola e pecuária, proporcionando disponibilidade de forragem na estação seca e eliminando a necessidade de semear plantas de cobertura no inverno ou na primavera, para a produção de palha para o sistema de plantio direto.

“Os Sistemas Integrados como forma conservacionista podem ser executados por meio de consórcio, sucessão ou rotação de culturas produtoras de grãos com pastagens. Esses sistemas são mais complexos, e por isso adaptações frequentes têm sido realizadas, devido à introdução de novas práticas, tecnologias e demandas de mercado”, ressalta Karina.

 A pesquisadora destaca que a utilização dos Sistemas reduz a perda de solo provocada pela falta de proteção da sua superfície já que durante todas as estações do ano há cobertura constante do solo, seja pelas culturas ou pela pastagem. Dessa forma os sistemas integrados de produção agropecuária como parte do manejo conservacionista, têm sido utilizados dentro da rotação e sucessão de culturas-pastagem.

Outro fator relevante está na associação ao sistema integrado a adoção das práticas de caráter edáfico e mecânico, principalmente em relação à construção e manutenção de terraços, curvas de nível, bacias de contenção entre outras quando necessárias para garantia das atividades associadas.

Os Sistemas Integrados de Produção Agropecuária têm se destacado na conservação do solo pelo seu importante papel na ciclagem e uso eficiente de nutrientes. Isso porque como diferentes espécies de plantas ocupam a mesma área no mesmo período no decorrer das estações do ano, as raízes dessas plantas por possuírem diferentes capacidades de exploração do solo, conseguem extrair os nutrientes das camadas mais profundas do solo, e disponibilizar esses, para culturas futuras após a sua colheita, manejo e/ou decomposição.

Para Karina, os Sistemas Integrados de Produção Agropecuária por serem dinâmicos apresenta variações que têm beneficiado a conservação dos recursos naturais, principalmente o solo. "O consórcio de gramíneas e leguminosas forrageiras tem ganhado força já que tem promovido ganhos por meio da fixação biológica do nitrogênio e da cobertura do solo, garantindo maior rentabilidade ao produtor."

A pesquisadora cita como resultado o experimento “Adubação nitrogenada de cobertura no consórcio de milho safrinha com Capim Ruziziensis em sistema plantio direto”, desenvolvido com apoio da Fundação Agrisus, vinculado ao Programa Institucional Produção Animal em Sistemas Integrados (PROPASI) do IZ, já permitiu revelar que na implantação do consórcio todas às janelas de plantio das culturas antecessoras devem ser respeitadas. “É necessário atenção no plantio do milho e do capim-ruziziensis com relação à regulagem da plantadeira e que o valor cultural da semente de capim interfere na qualidade  do consórcio estabelecido”, explica Karina.


Lisley Silvério (MTb. 26.194)

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