Com a evolução das tecnologias para o sistema
de plantio direto, novos sistemas foram desenvolvidos com a intenção de manter
a sustentabilidade da produção ao longo dos anos, principalmente, em relação à
conservação do solo e da água. Com isso, segundo a pesquisadora do Instituto de
Zootecnia, Karina Batista, o grande destaque, nos últimos anos, tem sido para
os Sistemas Integrados de Produção Agropecuária, abordagem de diversas pesquisas
desenvolvidas no IZ.
Karina explica que os Sistemas têm vocação
conservacionista, já que promovem a conservação do solo por meio da diversificação
da atividade agrícola e pecuária, proporcionando disponibilidade de forragem na
estação seca e eliminando a necessidade de semear plantas de cobertura no
inverno ou na primavera, para a produção de palha para o sistema de plantio
direto.
“Os Sistemas Integrados como forma conservacionista podem ser executados
por meio de consórcio, sucessão ou rotação de culturas produtoras de grãos com
pastagens. Esses sistemas são mais complexos, e por isso adaptações frequentes
têm sido realizadas, devido à introdução de novas práticas, tecnologias e
demandas de mercado”, ressalta Karina.
A pesquisadora destaca que a utilização
dos Sistemas reduz a perda de solo provocada pela falta de proteção da sua
superfície já que durante todas as estações do ano há cobertura constante do
solo, seja pelas culturas ou pela pastagem. Dessa forma os sistemas integrados
de produção agropecuária como parte do manejo conservacionista, têm sido
utilizados dentro da rotação e sucessão de culturas-pastagem.
Outro fator relevante está na associação ao sistema integrado a adoção das
práticas de caráter edáfico e mecânico, principalmente em relação à construção e
manutenção de terraços, curvas de nível, bacias de contenção entre outras
quando necessárias para garantia das atividades associadas.
Os Sistemas Integrados de Produção Agropecuária têm se destacado na
conservação do solo pelo seu importante papel na ciclagem e uso eficiente de
nutrientes. Isso porque como diferentes espécies de plantas ocupam a mesma área
no mesmo período no decorrer das estações do ano, as raízes dessas plantas por
possuírem diferentes capacidades de exploração do solo, conseguem extrair os
nutrientes das camadas mais profundas do solo, e disponibilizar esses, para
culturas futuras após a sua colheita, manejo e/ou decomposição.
Para Karina, os Sistemas Integrados de Produção Agropecuária por serem dinâmicos apresenta variações que têm beneficiado a conservação dos recursos naturais,
principalmente o solo. "O consórcio de gramíneas e leguminosas
forrageiras tem ganhado força já que tem promovido ganhos por meio da fixação
biológica do nitrogênio e da cobertura do solo, garantindo maior rentabilidade
ao produtor."
A pesquisadora cita como resultado o experimento “Adubação nitrogenada
de cobertura no consórcio de milho safrinha com Capim Ruziziensis em sistema
plantio direto”, desenvolvido com apoio da Fundação Agrisus, vinculado ao Programa
Institucional Produção Animal em Sistemas Integrados (PROPASI) do IZ, já
permitiu revelar que na implantação do consórcio todas às janelas de plantio
das culturas antecessoras devem ser respeitadas. “É necessário atenção no
plantio do milho e do capim-ruziziensis com relação à regulagem da plantadeira e
que o valor cultural da semente de capim interfere na qualidade do consórcio estabelecido”, explica Karina.
Lisley Silvério (MTb. 26.194)
Assessora de Imprensa
Instituto de Zootecnia
Secretaria de Agricultura e Abastecimento SP
Fone: (19) 3476-0841
E-mail: lisley@iz.sp.gov.br
www.iz.sp.gov.br