
Para comemorar este dia a Secretaria de Agricultura e Abastecimento
mostra suas principais ações para a pecuária.
Imunobiológicos
De acordo com o médico veterinário do IB, Ricardo Spacagna Jordão, os
kits de imunobiológicos produzidos pelo IB são fundamentais para garantir a
exportação pelo Brasil de carne e subprodutos. Esses kits são utilizados por
pecuaristas brasileiros para diagnóstico de tuberculose. “A tuberculose é
causada pela bactéria Mycobacterium bovis e acarreta prejuízos anuais estimados
em US$ 3 bilhões em todo o mundo. O IB desempenha um papel estratégico para o
comércio internacional de proteína animal do País. Os recordes sucessivos de
produção foram possíveis graças aos esforços da equipe do laboratório e ao
comprometimento da diretoria-geral do Instituto Biológico”, afirma.O Instituto Biológico tem trabalhado para produzir partidas de
imunobiológicos maiores e mais frequentes para atender o Programa Nacional de
Controle e Erradicação de Brucelose e Tuberculose. O instituto de pesquisa
paulista é a única instituição a produzir o insumo no Brasil e trabalha para
aumentar em três vezes sua capacidade de produção. Os kits com imunobiológicos
poderão agora ser adquiridos por pecuaristas de todo o Brasil para diagnosticar
os animais nos testes de triagem e confirmatórios da doença. Sem esses testes,
não é possível realizar compra, venda, trânsito e exportação de bovinos pelo
Brasil.
Vacinação
A Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) faz um trabalho de
conscientização e de fiscalização a respeito das vacinas que o animal deve
tomar. Neste ano, o Estado de São Paulo bateu o recorde de vacinação, com
99,59% do rebanho bovídeo vacinado contra a febre aftosa. A primeira etapa de
imunização 2019 foi realizada no mês de maio e o índice superou a marca
anterior de vacinação total do rebanho, que foi de 99,41%.
Dados do sistema informatizado Gestão de Defesa Animal e Vegetal
(Gedave) da Secretaria mostram que o rebanho paulista envolvido na campanha, de
um total de 10.557.596 bovídeos (bovinos e bubalinos), está distribuído em
125.426 propriedades rurais. Durante a campanha, a equipe da Defesa
Agropecuária, responsável pela defesa da sanidade dos rebanhos e culturas do
Estado, fiscalizou e acompanhou um total de 1.138 vacinações, assistindo a
vacinação de 85.782 bovídeos.
Prova de Ganho de Peso
A Prova de Ganho de Peso (PGP) é um teste de desempenho para bovinos de
corte que objetiva a identificação de indivíduos geneticamente superiores para
características de interesse econômico relacionadas, principalmente, ao
potencial de crescimento e qualidade da carcaça. As PGP constituem importante
instrumento auxiliar em sistemas de avaliação genética entre rebanhos, sobretudo
em populações que não possuem boa conectabilidade genética em seus bancos de
dados.
“A prova de ganho de peso é realizada pelo Instituto de Zootecnia (IZ)
desde 1951, inicialmente com os animais do Instituto e atualmente com
diferentes raças de bovinos de corte vindos também de produtores rurais. É um
mecanismo utilizado para a seleção de reprodutores para aumentar a
produtividade e qualidade de carne de rebanhos de bovinos de corte atendendo à
cadeia produtiva da carne em todo o País”, disse Luiz Marques da Silva Ayroza,
diretor geral do IZ.
Carrapaticidas
O Instituto de Zootecnia desenvolveu uma formulação de um produto à base
de óleos essenciais capaz de controlar carrapatos em bovinos de forma rápida e
eficiente, está pronta para ser comercializada. A fórmula foi desenvolvida
pelos pesquisadores do IZ em parceria com o bioquímico Germano Scholze,
proprietário da empresa HYG System.
O produto foi desenvolvido em pesquisa realizada pelo IZ desde 2015. O
diferencial do produto é a não-utilização de composto sintético em sua
formulação, e sua ação rápida sobre os carrapatos. Em testes in vivo, ou seja,
realizados no animal, ocorre a morte de diversas fases do carrapato (larvas,
ninfas, machos e fêmeas) em 48 horas, reduzindo significativamente a contagem
de carrapatos nos animais logo na primeira semana. O teste in vitro mostrou
100% de mortalidade da fêmea, que nem chega a pôr ovos.
Boi 7.7.7
O conceito do Boi 7.7.7, desenvolvido pela Agência Paulista de
Tecnologia dos Agronegócios (Apta), preconiza que os animais alcancem sete
arrobas na desmama, sete na recria e outras sete na engorda. Para atingir a
meta, é necessário utilizar diversas ferramentas, principalmente, manejo de
pasto e suplementação alimentar, que varia de acordo com o peso do animal. Adotada
por pecuaristas de todo o Brasil, a tecnologia tem ajudado a modificar a
produção brasileira de gado de corte, aumentando em 30% a lucratividade dos
produtores e disponibilizando ao mercado carne com melhor qualidade, com sabor,
maciez e coloração mais atrativa para o consumidor. Além disso, produzir gado
de corte de forma mais rápida diminui a emissão de metano para a atmosfera.