IZ reuniu cerca de 150 profissionais nos
workshops de três cadeias produtivas – leite, carne e aves
Para atender com eficiência às demandas
do setor produtivo e às necessidades dos produtores do Estado de São Paulo e exigências
do consumidor, pesquisadores e técnicos da Secretaria de Agricultura e
Abastecimento paulista realizaram, no Instituto de Zootecnia (IZ/Apta), o Workshop
Planeja PD&I – Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação nas Cadeias de Produção
do Agronegócio das atividades de pesquisa na cadeia produtiva de Aves e Ovos. O
IZ reuniu cerca de 150 profissionais nos três dias de workshops das cadeias .
Sob a coordenação do pesquisador José
Evandro de Moraes, o workshop reuniu 40 profissionais, na terceira cadeia
produtiva do Instituto de Zootecnia, com sugestões de participantes do setor
produtivo, aliado aos pareceres dos pesquisadores dos Institutos da APTA – Biológico,
Economia Agrícola, IZ, Tecnologia de Alimentos, Apta Regional –, e as
Coordenadorias de Defesa Agropecuária (CDA) e de Desenvolvimento Rural
Sustentável (CDRS).
Segundo Moraes, o objetivo de integrar
diferentes atores da cadeia produtiva de aves e ovos foi alcançado. Além dos
representantes da Secretaria, participaram entidades como a Associação Paulista
de Avicultura (APA), Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Instituto
Ovos Brasil, professores da Esalq/Usp Piracicaba e Sindicato dos Produtores Rurais de Bastos.
“Foi importante entender como estamos com a pesquisa em nossas instituições e a
visão dos produtores e do mercado consumidor”, frisou.
O pesquisador afirmou que a cadeia de
aves e ovos é a terceira maior atividade econômica do setor agropecuário
paulista. “Neste encontro, analisamos se nossas atividades estão coerentes com
os anseios do produtor; em sintonia com mercado consumidor, considerando os
produtos, prestação de serviços e informação à população.”
Outro ponto ressaltado por Moraes está
na integração de membros da cadeia produtiva para solução de diferentes
gargalos, “possibilitando que as tecnologias em desenvolvimento alcancem mais
rapidamente os produtores e finalmente a sociedade”.
Na apresentação, Moraes
mostrou a importância da Cadeia Produtiva de Aves e Ovos para o Estado de São
Paulo e para o Brasil diante da maior geração de empregos e produtos saudáveis.
Falou dos desafios de produção, atendimento a diferentes exigências de mercado,
necessidade de pesquisa e suporte técnico para diferentes agentes desta cadeia.
Diagnósticos dos Institutos
Cada instituto de pesquisa
da Secretaria também apresentou seus diagnósticos de produção científica,
captação de recursos, dentre outros detalhes que subsidiam a cadeia produtiva,
focando na integração.
O IZ, representado pelo
pesquisador José Evandro de Moraes, falou dos diferentes sistemas de produção
de aves de postura – galinhas e codornas – que fazem parte da estrutura de
pesquisa do Instituto, dos serviços laboratoriais para qualidade de ovos e avaliação
de bem-estar animal, das pesquisas que permitem a substituição de antibióticos
como promotores de crescimento por produtos naturais, atendendo aos anseios de
mercado.
“Destacamos as parcerias
com o setor privado com projetos e atividades de prestação de serviços pelo Laboratório
Avançado de Qualidade de Aves e Ovos (LAVIZ) que analisa a qualidade de ovos
férteis e de consumo, bem-estar animal e a saúde intestinal das aves.”
Evandro enfatizou o apoio
que a área de avicultura recebeu nos últimos meses por parte da diretoria do
Centro de Pesquisa em Zootecnia
Diversificada (CPZD/IZ), representado pelo pesquisador Fábio Prudêncio
de Campos, decisivo no sucesso das ações de gestão até o presente momento. Também
citou a participação da equipe de avicultura do IZ em mais de 60 palestras, no
período de 2015 a 2018, com grande difusão dos resultados obtidos para
acadêmicos e produtores.
Ana Maria Iba Kanashiro, do
Laboratório do Instituto Biólogico em Descalvado, explanou sobre todas as
atividades laboratoriais, monitoramento de doenças, controle de qualidade dos
serviços prestados pela instituição para segmentos da avicultura de corte e de
postura, para atender as exigências de sanidade para diferentes mercados
consumidores destes produtos. “Os laboratórios governamentais, integrado com a Coordenadoria
de Defesa Agropecuária são
imprescindíveis para a manutenção do status sanitário dos produtos oriundos
desta cadeia produtiva para o mercado de proteína animal de nosso estado.”
Eder Pinatti, do Instituto
de Economia Agrícola (IEA), contribuiu com importantes considerações sobre os
levantamentos diários de preços e, também, sobre o comportamento do consumidor
de produtos avícolas em SP e no Brasil. “Os trabalhos são fundamentais para
gestão estratégica no direcionamento de pesquisas, recursos e investimentos na
cadeia produtiva”.
O Instituto de Tecnologia
de Alimentos (Ital) representado pela pesquisadora Renata Bromberg, apresentou
toda a estrutura disponível para elaboração de pesquisas, desenvolvimento de
produtos, em diferentes segmentos, cortes cárneos, produtos processados e
embalagens. “Ainda temos a possibilidade de oferecer treinamentos, para
diferentes públicos ligados à indústria, atacado e varejo, sobre boas práticas
de produção e processamento de produtos de origem animal.”
O gestor do Planeja
PD&I, Ricardo Baldassim Junior, conduziu todo o workshop e finalizou com
mesa redonda para elencar maior número de elementos para concluir o diagnóstico
das atividades de pesquisa. A planilha gerada visa internalizar as principais
demandas, culminando em um plano de ação para toda a Cadeia Produtiva de Aves e
Ovos. “Tudo isso para que haja mais eficiência na divulgação dos resultados de
pesquisa ao produtor e à sociedade, além da criação de produtos com a
identidade do Estado, gestão de recursos humanos e erários.”
Para o diretor geral do IZ, Luiz
Marques da Silva Ayroza, o objetivo foi alcançado com as interpretações
resultantes da análise de dados e informações de todos os pesquisadores envolvidos.
“Foram discutidos as oportunidades, os desafios, os problemas e as ações
necessárias, tanto em PD&I quanto para infraestrutura e regulamentações”.
Planeja PD&I
Planeja PD&I visa maior atuação da
SAA no desenvolvimento de soluções e inovações, apurando os indicadores de
pesquisa, como dados sobre produtividade técnico-científica, atividades de
transferência de ciência e tecnologia, inserção do produto e serviços na cadeia
de produção, custos de realização das atividades, número de recursos humanos de
apoio e infraestruturas disponíveis.
As informações irão compor um relatório
final com apontamentos sobre atuais produções, direcionamentos de
oportunidades, prioridades e ações necessárias para desenvolvimento e
transferência de tecnologia ao produtor e, consequentemente, atendendo às
exigências do consumidor final desses produtos agropecuários. Ainda foi
ressaltado que para transferência do conhecimento é relevante e necessário a
participação mais efetiva do setor produtivo.
O Plano teve por meta elaborar um
diagnóstico e um prognóstico em cada uma das 18 cadeias de produção animal e
vegetal do agronegócio paulista e brasileiro em que atuam os pesquisadores e
técnicos da SAA. O trabalho iniciou em junho com a coleta de informações para
entendimento destes cenários e a segunda parte com os workshops para traçar as
ações.
Os Workshops das 18
cadeias produtivas de toda a SAA tiveram início em agosto e foram finalizados no dia 30 de setembro com
a participação dos seis Institutos e Polos Regionais de Pesquisa da APTA e das Coordenadorias
– CDA e CDRS. Em outubro será apresentado o primeiro relatório de todos os
encontros.
A gestão do Planeja
PD&I, coordenada por Baldassin Jr, assistente técnico de direção no IAC,
estabeleceu junto aos participantes as discussões de oportunidades, desafios e
ações para o desenvolvimento das cadeias produtivas. O Trabalho está dividido
em dois momentos para o melhor alinhamento e direcionamento das pesquisas para
o desenvolvimento das cadeias, identificando casos de sucesso e os gargalos
enfrentados nas cadeias que precisam de aprimoramento.
“Estamos
conseguindo fazer algo novo dentro do contexto de pesquisa científica dos
institutos com uma discussão que promoverá a integração dos esforços de
pesquisa, criando um plano de ação mais eficiente e produtivo”, ressaltou
Baldassin.
O Instituto de Zootecnia reuniu cerca de 150 profissionais
nos dias 17, 18 e 26 de setembro para os workshops das cadeias da carne, do
leite e de aves e ovos.
Por Lisley Silvério (MTb. 26.194)
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