O diretor geral do IZ, Luiz Ayroza, destaca que a Zootecnia
abrange um conjunto de atividades e habilidades que vêm desenvolver, promover e
controlar a produção e a produtividade dos animais úteis ao homem. No aspecto
socioeconômico e para o desenvolvimento do agronegócio, a profissão tem uma
grande importância, já que trabalha com fatores administrativos e econômicos da
produção.
“O estado brasileiro que conta com o maior número de profissionais
atuantes é São Paulo, com mais de 1.550 zootecnistas, considerando que o
Instituto de Zootecnia, conta com 23 zootecnistas, profissionais com doutorado,
que compõem o quadro dos 42 pesquisadores”, enfatiza Ayroza.
Segundo Ayroza, os alimentos que chegam à mesa dos consumidores
dependem também do trabalho dos profissionais da Zootecnia. “Os zootecnistas
atuam na produção animal nas áreas de melhoramento genético, manejo, nutrição,
cuidados com o bem-estar animal e gestão ambiental, sempre buscando
possibilitar a sustentabilidade alimentar”, afirma. “Além de buscar alternativas
e recursos que permitam alcançar a sustentabilidade alimentar, no País e em
todo o mundo, considerando os objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da
Organização das Ações Unidas (ONU).”
O Zootecnista pode atuar em Nutrição e manejo alimentar dos
animais de produção, pets e silvestres; Gestão das propriedades rurais; Melhoramento
genético animal; Agronegócio e cadeia produtiva; Conservação dos recursos
animais e ambientais; Manejo e conservação de pastagens; Comportamento e
bem-estar animal, Manejo da fauna e de animais silvestres; Construções e
instalações para animais de produção, pets e silvestres; Sistemas de criação de
organismos aquáticos; Ensino e pesquisa em produção animal; e Planejamento e
administração de eventos agropecuários.
Melhoramento
Genético
A pesquisadora Lenira El Faro, doutora em Zootecnia, e trabalha na
área de melhoramento genético de bovinos de leite, iniciou sua carreira
científica no IZ em maio de 1994. O trabalho de um melhorista envolve projetos
de seleção e cruzamentos entre raças ou linhagens. “No caso de bovinos de leite,
temos trabalhado no IZ com projetos de melhoramento para as raças Zebuínas
especializadas para produção de leite, com a raça Gir Leiteiro e a raça Guzerá,
com raças taurinas, principalmente a Holandesa, e com a Girolando, que é
proveniente do cruzamento entre as raças Gir e Holandesa”, detalha.
Para as raças taurinas, Lenira diz que tem trabalhado com
metodologias para avaliação de animais mais resistentes às nossas condições
ambientais, uma vez que eles são selecionados em regiões de climas mais amenos
e sistemas de produção diferentes dos brasileiros. Outros projetos, recentes, têm
envolvido a área de comportamento sexual de raças zebuínas, mensurando-os por meio
de equipamentos de precisão.
Segundo a pesquisadora, o melhoramento genético é uma das especialidades
do zootecnista, e as empresas de genética, associações de criadores, e
laboratórios têm, cada vez mais, procurado no mercado de trabalho, profissionais
da área de melhoramento genético que possuam a habilidade de gerenciar bancos
de dados, desenvolver programas, realizar análises de modelos matemáticos
complexos, com grande número de informações e, nos últimos anos, incluindo nos
modelos as informações provenientes da genotipagem, em grande escala, dos
animais.
Zootecnia
diversificada
Para o pesquisador Mauro Sartori Bueno, doutor em Nutrição Animal,
a atuação da zootecnia fica evidente no grande avanço de profissionalismo que
colocou o Brasil como maior produtor e exportador de carnes do mundo. “A
segurança alimentar de nossa população foi conseguida com os avanços da
pesquisa em zootecnia, que tem carne, leite e ovos com preços acessíveis, para
manter sua dieta equilibrada”, destaca.
“Esses avanços foram conseguidos com o melhoramento genético das
aves, para produção de carne e ovos, aliado às pesquisas em nutrição e
sanidade, que resultou numa incrível conversão alimentar capaz de produzir proteína
a preços acessíveis e em grande quantidade, e tornou a proteína mais acessível
para nossa população”, ressalta Mauro.
Mauro lembra também do sucesso da pesquisa em zootecnia que levou
o país de produtor e importador de carne bovina até a década de 1990, para
maior produtor e exportador de carne bovina do mundo.
A zootecnia brasileira tornou o bovino tropical [zebu] o principal
produtor de carne do país, reconhecendo a sua grande adaptação ao clima. A
pesquisa em zootecnia melhorou sua grande habilidade em transformar pastagens
tropicais em carne de excelente qualidade, que nos alçou à posição de destaque
no cenário mundial.
Mauro destaca ainda a importância da criação de empregos, para os
pequenos e médios produtores rurais e sua fixação ao campo, por conta das granjas
de aves e suínos e do emprego em frigoríficos para produção dos cortes cárneos.
“Hoje encontramos os produtos embalados nas prateleiras, acessível a toda população,
e para exportação, gerando divisas para nosso país”, completa.
O pesquisador José Evandro Moraes, doutor em Epidemiologia, destaca que a profissão reúne
atividades e habilidades que agregam diferentes linhas do conhecimento,
compreendidos pelo planejamento, economia, administração, melhoramento
genético, sustentabilidade, ambiência, biotecnologia, reprodução, saúde, bem-estar
animal e conservação das espécies.
O zootecnista monitora os animais ou sistemas
produtivos para tomar decisões com agilidade, sendo capaz de gerenciar,
planejar e administrar empreendimentos que envolvam a produção, conservação de
diferentes espécies, além de visar a qualidade e processamento de produtos
originados destes sistemas. “Por estas características são profissionais que
fazem a diferença em muitos setores atuando como gestores em empresas
particulares, órgãos públicos, federações, universidades e institutos de
pesquisa”, destaca Evandro.
O produtor, para manter-se em operação no mercado, deve
buscar no profissional, que ajudará a enxergar muitos pontos críticos presentes
no sistema produtivo que poderão ser vencidos com aplicação de tecnologias,
previamente desenvolvidas e validadas por instituições de pesquisa, dentre
outras. “Os zootecnistas das Instituições de pesquisa buscam ampliar o conhecimento,
manter-se atualizados e integrados aos anseios do mercado consumidor de forma
ética e transparente”, conclui Evandro.
A pesquisadora Simone Raymundo de Oliveira
doutora em Qualidade e Produtividade Animal, diz que a zootecnia é muito mais
que uma profissão, "é uma filosofia de vida", que vai muito além do
quadro de disciplinas multidisciplinares. "Temos que ter o conhecimento
teórico, prático e holístico. A zootecnia molda todos os profissionais da área,
pois tem que conhecer de nutrição animal, comportamento, fisiologia,
bioquímica, filosofia, saber das reações dos animais com o tempo, e mais, hoje
além de produzir a proteína animal, temos que produzir água e energia”, detalha.

Hoje, a Zootecnia não trabalha na sustentabilidade; ela é a
sustentabilidade, fazendo o impossível para o animal não adoecer, para não
impactar o ambiente e para o produtor ter um retorno econômico satisfatório e
boa qualidade de vida, além de visar também o bem-estar e qualidade de vida do
animal do início ao final da produção. São muitos fatores que formam a
zootecnia, como ter um olhar mais humano, carinho e respeito por tudo que
envolve o sistema de produção.
Para Simone, a zootecnia é toda área que tenha animal, natureza e
questões econômicas envolvidas. "A importância da zootecnia ao produtor e à
pesquisa busca atender a alta produtividade, a redução do impacto ambiental, a conversão
do passível ambiental em ativo financeiro – a produção de proteína animal abrange
a produção de água e energia por meio de sistemas de tratamento de efluentes aplicados
dentro da zootecnia.”
A área de pesquisas em suinocultura do IZ possui uma estação de
tratamento de efluentes, que além da proteína animal gera energia por meio do
biogás e água por meio da água de reuso oriunda do sistema de tratamento.
“Atualmente as principais linhas de pesquisas estão relacionadas à redução de
impacto ambiental da produção de suínos, mensurando tudo o que o animal consome
e excreta, conseguindo elencar a eficiência e ineficiência alimentar, os
impactos ambientais com a carga poluidora e os custos relativos a estes
impactos, além de determinar a melhor linhagem para produção”, detalha Simone.
O
IZ homenageia os zootecnistas que integram sua equipe:
1. Acyr Wanderley de Paula Freitas
2. Alessandra Aparecida Giacomini
3. Carla Cachoni Pizzolante
4. Claudia Cristina Paro de Paz
5. Cristina Maria Pacheco Barbosa
6. Enilson Geraldo Ribeiro
7. Fábio Enrique Lemos Budiño
8. Fábio Prudêncio de Campos
9. Fernando André Salles
10. Flávia Fernanda Simili
11. Geraldo Balieiro Neto
12. José Evandro de Moraes
13. Joslaine Noely dos Santos
Gonçalves Cyrillo
14. Lenira El Faro
15. Leopoldo Andrade de Figueiredo
16. Luciandra Macedo de Toledo
17. Luiz Marques da Silva Ayroza
18. Marcia Saladini Vieira Salles
19. Maria Eugênia Zerlotti Mercadante
20. Mauro Sartori Bueno
21. Renata Helena Branco Arnandes
22. Simone Raymundo de Oliveira
23. Weber Vilas Bôas Soares
Lisley
Silvério (MTb. 26.194)
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