Todo o planeta está de olho nos distúrbios
que as mudanças climáticas vêm causando sobre recursos naturais, economia, humanos
e na produção agropecuária. Com esse cenário em mente, Luís Alberto Ambrósio,
pesquisador do Instituto de Zootecnia (IZ-APTA), da Secretaria de Agricultura e
Abastecimento do Estado de São Paulo, desenvolve modelos computacionais para
aprofundar no entendimento das mudanças climáticas e da resiliência dos
sistemas de produção para ajudar a promover pró-ativamente ações empreendedoras
climáticas com relevantes benefícios ambientais, sociais e econômicos para a
pecuária.

“As conclusões dos trabalhos de modelagem
estabelecem linhas estratégias para o setor agropecuário. Os modelos de simulação
podem ser utilizados em todas as pesquisas e desenvolvimento de inovações que
envolvem animais, já que animal e suas fontes de alimento [pastagem e grãos]
são dependentes do clima, assim como a propagação de doenças, reprodução,
oferta de água, práticas de manejo, bem-estar animal e até o próprio consumo da pecuária”, detalha
Ambrósio.
Ambrósio enfatiza que todos os projetos
atuais devem englobar questionamentos, como “Se o aumento da temperatura for de
1,5 ou 2 ou 3 graus [considerando as projeções do INPE para cada região] a
tecnologia funcionará? Ou seja, será Resiliente? Quem pagará os custos e as
perdas da pecuária devido às mudanças climáticas? E a modelagem computacional
ajuda a responder estas questões.” Institucionalmente, este entendimento pode
contribuir para estabelecer pesquisas e ações, diretamente com os produtores,
afirma.
Com início da campanha ‘Race to Resilience’
das Nações Unidas lançada na Cúpula de Adaptação Climática, em janeiro de 2021,
Ambrósio criou o grupo ‘Corrida da Bovinocultura Leiteira para a Resiliência
Climática’, que busca discutir, organizar e executar ações que ampliem a
capacidade do sistema de produção de leite em se antecipar, preparar respostas
e se recuperar dos distúrbios das mudanças climáticas. A abordagem da
resiliência da bovinocultura leiteira às mudanças climáticas, por exemplo,
atende várias áreas estratégicas da Pasta.
Dentre os
sistemas alimentares a produção de leite corre os mais altos riscos de sofrer
distúrbios das mudanças climáticas por ser atividade integrada com a natureza [água,
solo, clima e biodiversidade]; por envolver animais de produção que têm o
direito ao bem-estar nos estados dos cinco domínios [Nutrição, Saúde,
Comportamento, Ambiente e Estado Mental] e que dependem de alimentos como
pastagens, forrageiras, grãos, e da circularidade de subprodutos
agroindustriais [farelos, bagaços]; por ser fonte de trabalho e renda familiar
para milhões de pequenos produtores; e, finalmente, por ser alimento básico na
estrutura nutricional humana, em particular crianças e idosos.
“Assumimos o
objetivo da campanha ‘Race to Resilience’ até 2030, para catalisar ações que
construam a resiliência das pessoas, animais e natureza dos sistemas de
pecuária leiteira vulneráveis aos riscos dos distúrbios climáticos”, ressalta
Ambrósio.
Na campanha Corrida
da Bovinocultura Leiteira para Resiliência Climática, segundo Ambrósio, "criaremos parcerias para
iniciativas que apoiam as ações de construção de resiliência aos distúrbios das
mudanças climáticas".
Compartilhe seu interesse e
apoio à iniciativa no Grupo Resiliência Climática da Bovinocultura Leiteira.
O Dia Nacional da Conscientização sobre Mudanças Climáticas
Comemorado em 16 de março com o objetivo de promover o debate e o incentivo às medidas de proteção dos ecossistemas brasileiros. A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo reúne algumas iniciativas e tecnologias que visam diminuir o impacto ambiental e a emissão de gases.
Veja a matéria completa - Secretaria de Agricultura e Abastecimento de SP destaca iniciativas em atenção às mudanças climáticas
Lisley
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