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22/05/2022

Dia internacional da biodiversidade

O Instituto de Zootecnia comemora o dia Internacional da Biodiversidade desenvolvendo estudos de novos genótipos de forrageiras tropicais através do Banco Ativo de Germoplasma, um dos maiores da América Latina.

O dia internacional da biodiversidade é comemorado em 22 de maio, data criada em 1992 pela ONU (Organização das Nações Unidas) para conscientização da conservação e proteção da diversidade de vida no planeta. O termo biodiversidade está associado a diversidade gênica de todos os reinos (Monera, Protista, Fungi, Vegetal e Animal). Conservar este patrimônio genético é garantir recursos para solução de diversos problemas atuais ou futuros. Esta diversidade de organismos pode, por exemplo, ser a resposta para cura de doenças existentes ou que poderiam aparecer no futuro.

A atividade agropecuária pode gerar impactos ambientais. Grande parte do território brasileiro destina-se a produção agropecuária, e o país se destaca por ser um importante produtor e exportador de carnes à nível global. Desta forma, evitar os impactos ambientais negativos causados pela produção animal é fundamental e factivel. Dentro deste cenário, o Instituto de Zootecnia da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo busca em suas pesquisas contribuir para o desenvolvimento da produção agropecuária sustentável incluindo várias pesquisas que fomentam a biodiversidade no campo.

Banco Ativo de Germoplasma

O Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Pastagem e Alimentação Animal do Instituto de Zootecnia, possui um Banco Ativo de Germoplasma- BAG que estuda e preserva grande diversidade de espécies forrageiras tropicais, contribuindo assim para o desenvolvimento e preservação de várias espécies forrageiras. O BAG conta com 2000 genótipos de plantas forrageiras armazenados em sementes e um herbário com 1830 espécies.

“Nossas pesquisas visam a identificação e desenvolvimento de plantas forrageiras com potencial de produção de forragem, mais adaptadas às mudanças climáticas, com maior eficiência no uso de nutrientes e que impactam positivamente o meio ambiente” diz a pesquisadora Dra. Luciana Gerdes.

O BAG pode contribuir para o aumento da diversidade de plantas nas pastagens e fornecer no futuro plantas que contribuam para preservação ambiental.

Foto do Banco Ativo de Germoplasma

Aumento da biodiversidade de plantas nas pastagens

Além do Banco Ativo de Germoplasma o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Pastagem e Alimentação Animal do Instituto de Zootecnia desenvolve várias pesquisas visando aumentar a diversidade de plantas nas pastagens. A equipe de pesquisadores do IZ tem atuado em diversos projetos de pesquisa que avaliam os efeitos do consórcio entre plantas forrageiras (pastos consorciados e multiespécies) e também os sistemas integrados de produção agropecuária onde ocorre consorcio entre pastos e lavouras e/ou pastos e árvores, gerando ambientes biodiversos e mais sustentáveis.

Segundo a Pesquisadora Dra. Flavia Gimenes “o consórcio de gramíneas com leguminosas em pastagens, além de melhorar a qualidade da alimentação dos animais e do seu desempenho, também melhoram a qualidade do solo e aumentam a perenidade das pastagens com menor custo de manutenção. Isso ocorre porque as leguminosas têm capacidade de fixação de nitrogênio no solo reduzindo a necessidade de adubação nitrogenada, além de favorecer a estrutura e cobertura verde do solo evitando erosão e perdas por lixiviação promovendo a conservação do solo.

A diversificação de plantas no solo garante uma produção mais sustentável o que pode agregar valor ao produto final. “Outro ponto importante é a diminuição da emissão de gases efeito estufa, tanto pela menor necessidade de adubação dos pastos quanto pela melhor qualidade da alimentação dos animais” reforça a pesquisadora dra. Flavia Gimenes.