O Instituto de Zootecnia comemora o dia
Internacional da Biodiversidade
desenvolvendo estudos de novos genótipos de forrageiras tropicais
através do Banco Ativo de Germoplasma, um dos maiores da América Latina.
O dia internacional da biodiversidade é
comemorado em 22 de maio, data criada em 1992 pela ONU
(Organização das Nações Unidas) para conscientização da conservação e proteção
da diversidade de vida no planeta. O termo biodiversidade está associado a
diversidade gênica de todos os reinos
(Monera, Protista, Fungi, Vegetal e Animal). Conservar este patrimônio genético
é garantir recursos para solução de diversos problemas atuais ou futuros. Esta
diversidade de organismos pode, por exemplo, ser a resposta para cura de
doenças existentes ou que poderiam aparecer no futuro.
A atividade agropecuária pode gerar impactos ambientais. Grande parte
do território brasileiro destina-se a produção agropecuária, e o país se
destaca por ser um importante produtor e exportador de carnes à nível global. Desta
forma, evitar os impactos ambientais negativos causados pela produção animal é
fundamental e factivel. Dentro deste cenário, o Instituto de Zootecnia da
Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo busca em suas pesquisas
contribuir para o desenvolvimento da produção agropecuária sustentável
incluindo várias pesquisas que fomentam a biodiversidade no campo.
Banco Ativo
de Germoplasma
O Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de
Pastagem e Alimentação Animal do Instituto de Zootecnia, possui um Banco Ativo
de Germoplasma- BAG que estuda e preserva grande diversidade de espécies forrageiras tropicais, contribuindo assim para o
desenvolvimento e preservação de várias espécies forrageiras. O BAG conta com
2000 genótipos de plantas forrageiras armazenados em sementes e um herbário com
1830 espécies.
“Nossas pesquisas visam a identificação e
desenvolvimento de plantas forrageiras com potencial de produção de forragem, mais adaptadas às mudanças climáticas, com
maior eficiência no uso de nutrientes e que impactam positivamente o meio
ambiente” diz a pesquisadora Dra. Luciana Gerdes.
O BAG pode contribuir para o aumento da
diversidade de plantas nas pastagens e fornecer no futuro plantas que
contribuam para preservação ambiental.

Foto do Banco Ativo de Germoplasma
Aumento da biodiversidade
de plantas nas pastagens
Além do Banco Ativo de Germoplasma o Centro de
Pesquisa e Desenvolvimento de Pastagem e Alimentação Animal do Instituto de
Zootecnia desenvolve várias pesquisas visando aumentar a diversidade de plantas
nas pastagens. A equipe de pesquisadores do IZ tem atuado em diversos projetos
de pesquisa que avaliam os efeitos do
consórcio entre plantas forrageiras (pastos consorciados e multiespécies) e
também os sistemas integrados de produção
agropecuária onde ocorre consorcio entre pastos e lavouras e/ou pastos e
árvores, gerando ambientes biodiversos e mais sustentáveis.
Segundo a Pesquisadora Dra. Flavia Gimenes “o
consórcio de gramíneas com leguminosas em pastagens, além de melhorar a qualidade da alimentação
dos animais e do seu desempenho, também melhoram a qualidade do solo e aumentam a perenidade das pastagens com menor
custo de manutenção. Isso ocorre porque as
leguminosas têm capacidade de fixação de nitrogênio no solo reduzindo a
necessidade de adubação nitrogenada, além de favorecer a estrutura e cobertura
verde do solo evitando erosão e perdas por lixiviação promovendo a conservação
do solo.
A diversificação de plantas no solo garante uma
produção mais sustentável o que pode agregar valor ao produto final. “Outro ponto
importante é a diminuição da emissão de gases efeito estufa, tanto pela menor
necessidade de adubação dos pastos quanto pela melhor qualidade da alimentação
dos animais” reforça a pesquisadora dra. Flavia Gimenes.
