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30/10/2009

IZ realizará o 2º Workshop sobre Mudanças Climáticas e Sustentabilidade da Pecuária (04/11/2009)

Quarta-feira, 4/11, o Instituto de Zootecnia (IZ/APTA-SAA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, realizará o 2º Workshop sobre Mudanças Climáticas e Sustentabilidade da Pecuária, às 8 horas, no auditório do IZ, em Nova Odessa (SP). O tema do evento é Manejo de pastagens e suplementação a pasto, visando a redução da emissão de gases de efeito estufa. O Workshop é gratuito, com limite de 150 vagas. O IZ fica na Rua Heitor Penteado,56, Centro.

 

O Workshop coordenado pelo pesquisador do IZ, João José Assumpção de Abreu Demarchi, visa divulgar o conhecimento sobre a inter-relação entre mudanças climáticas globais e a atividade pecuária para a comunidade científica – pesquisadores, técnicos de apoio, e interessados no assunto.

 

Outro ponto de destaque está em coletar informações sobre as perspectivas futuras das atividades ligadas a pastagens e nutrição animal, visando um aprimoramento do Plano Diretor do Centro de Pesquisa Nutrição Animal e Pastagem do IZ, para nortear as pesquisas nos próximos 10 anos.

 

De acordo com Demarchi, também será feito a gestão do Projeto de Mudanças Climáticas do IZ (Protocolo 1632) - Avaliação do balanço de gases de efeito estufa (CO2, CH4 E N2O) e da Sustentabilidade ambiental em sistemas de produção de carne bovina, da recria a engorda, integrando a equipe multidisciplinar através de um fórum de discussão e apresentação de resultados.

 

Gases do efeito estufa - As emissões de GEE são originadas de forma significativa nas áreas rurais do Brasil, sendo estimadas emissões de cerca de 9,2 milhões de t de CH4 pela pecuária. A abertura de novas fronteiras pela pecuária (derrubada de florestas, queimadas, preparo de solo e oxidação da matéria orgânica) tem inúmeras conseqüências negativas ao meio ambiente.

 

A importância da cadeia é evidente pelo tamanho do rebanho (190 milhões de cabeças) e da área de pastagens (210 milhões de hectares). A intensificação dos sistemas de produção reduz a emissão de metano por unidade de carne, exatamente por serem mais eficientes no aproveitamento de insumos administrados. Isso também libera parte das áreas para a agricultura, silvicultura e ou reconstituição de matas nativas, sem que haja perda da produção total de carne.

 

Atualmente o Estado de São Paulo tem apenas 7% da Mata Atlântica original, podendo em parte ser recuperada como resultado da intensificação da pecuária de corte ou leite. Além disso, a intensificação da agricultura é essencial em vista do alto custo das terras e da maior competitividade entre as diversas cadeias. Infelizmente, a maior parte da carne produzida em áreas de desmatamento (Amazônia) está sendo consumida na região Sudeste, sendo que o rebanho dessa região aumentou 180% nos últimos 15 anos, com a instalação de inúmeros frigoríficos.

 

Isso se deve ao fato de apesar de altamente competitiva, para enfrentar esse mercado globalizado, a pecuária nacional ainda precisa incorporar grande parte da tecnologia disponível, já que ainda é essencialmente extrativista (0,8 UA/há; 50 kg carne/ha/ano; com potencial de 4 UA e 300 kg carne).

 

Uma possível recuperação das pastagens tem grande potencial de seqüestrar carbono, tanto quanto a recuperação das florestas advindas da liberação de áreas com a maior produtividade. Pastagens com Brachiaria decumbens ocupam 80 milhões de ha no Brasil (40% total), com potencial de seqüestro de 6,1 a 12,8 t C.ha-1.ano-1, dependendo dos insumos aplicados.

 

A quantidade de matéria orgânica pode chegar a 4%, ante 1,5% em lavouras convencionais, 2% em plantio direto e 3,5% de florestas. Em São Paulo, estima-se que as pastagens ocupem 9,2 milhões de hectares, sendo a maior parte formada por plantas do gênero Brachiaria, e que aproximadamente 50% desse total já se encontram em algum estádio de degradação, freqüentemente associado ao desmatamento e ao mau uso da terra.

 

Melhorias na utilização da forragem produzida têm grande impacto na produtividade animal sem que haja necessidade da aplicação de maior quantidade de insumos ou equipamentos, revelando-se uma alternativa bastante atrativa para a intensificação do processo de produção de maneira equilibrada, sustentável e econômica.

 

Programação

8h30 

Abertura do evento

O Programa de Mudanças Climáticas e Sustentabilidade da Pecuária do Instituto de Zootecnia – Situação atual e perspectivas futuras.

João José Assumpção de Abreu Demarchi (IZ/APTA-SAA).

 

09h30

Palestra: A utilização de leguminosas em pastagens visando sustentabilidade de sistemas de produção de carne e leite”.

Palestrante: Valdinei Tadeu Paulino (IZ/APTA-SAA). 

10h30

Palestra: Suplementação a Pasto visando sustentabilidade de sistemas de produção de carne e leite – Produtos e estratégias de uso - Cenário atual e perspectivas futuras.

Palestrante: Lauriston Bertelli Fernandes (PREMIX)

 

11h30

Palestra: Suplementação a Pasto – ensaios realizados na Unidade de Recria e Engorda de Bovinos de Corte

Palestrante: Marcelo de Queiroz Manella (ALLTECH)

 

12h00

Almoço

 

14h00

Palestra: Manejo de Pastagens e Sustentabilidade de Sistemas de Produção a Pasto – Cenário atual e perspectivas futuras.

Palestrante: Sila Carneiro da Silva (ESALQ / USP) / Flávia Maria Erbetta de Andrade (IZ/APTA-SAA).

 

15h00

Visita técnica a Unidade Recria e Engorda de Bovinos de Corte

Apresentação de resultados parciais de desempenho animal e produção forrageira.

Apresentadores: Pesquisadores Dr. Alexandre Berndt e Ms. Flávia Maria Erbetta de Andrade (IZ/APTA-SAA).

 

Apresentação de Sistema de Identificação Eletrônica de Bovinos (BML Sol)

Apresentador: Engenheiro Dionísio Crepaldi

 

Assessora de Comunicação Institucional - IZ
LISLEY SILVÉRIO-VILLAR – Jornalista resp. Mtb 26.194
Fone: (19) 3466.9434 Fax: 3466.9413
E-mail:
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