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21/11/2016

IZ firma primeira parceria no novo modelo NIT para desenvolver carrapaticida natural

O Instituto de Zootecnia foi precursor no contrato assinado com uma empresa particular pela Resolução SAA nº 12 

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A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio do Instituto de Zootecnia (IZ) assinou, na última sexta-feira, dia 18 de novembro de 2016, termo de parceria público-privada com a empresa HYG Systems para desenvolver carrapaticida natural. Esse é o primeiro projeto fundamentado no novo modelo do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT), da Pasta, com interveniência da Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa do Agronegócio (Fundepag). 

O projeto em desenvolvimento no IZ utilizará um produto formulado com óleos essenciais – produtos oriundos de substâncias naturais – para avaliar a eficácia em relação a pragas de importância veterinária, como a mosca do chifre, mosca do berne, mosca dos estábulos e o carrapato. Estão à frente do projeto as pesquisadoras Cecília José Veríssimo, Luciana Morita Katiki, e o mestrando do IZ, Leandro Rodrigues.

De acordo com a pesquisadora Luciana Katiki o objetivo é obter resultados em testes de eficácia como carrapaticida, mosquicida, em outros insetos de interesse veterinário e investigação de novos princípios ativos da formulação, além de testes de toxicidade do produto. “Atenderemos ainda ao foco sustentabilidade, por empregar um produto que não deixará resíduo e não prejudicará o meio ambiente.”

“O projeto é muito positivo, pois com esse trabalho e parceria priorizaremos o desenvolvimento de um produto para que seja usufruído de imediato pelos produtores, beneficiando principalmente os animais, por ser um produto natural, com baixa toxicidade”, explicou Katiki.

NIT_Contrato_parceria_IZ_HYG_18112016_porLisleySilverio_m12.jpgKatiki ainda reforçou que o NIT permite que a parceria entre a instituição pública e a instituição privada seja benéfica a todos. "Nos laboratórios do IZ temos o domínio da ciência, da tecnologia, dos testes com animais e toda infraestrutura para pesquisa. Por outro lado, a empresa, tem toda a estrutura para produzir, envasar e levar o produto para o mercado”.

O proprietário da HYG, o bioquímico Germano Scholze, soube das pesquisas do IZ com produtos naturais e após visitas fecharam a parceria. “Sou oriundo da indústria farmacêutica e sempre trabalhei com produto natural, e as pesquisas do IZ com óleos essenciais me chamaram a atenção.”

“Ter a chancela de um instituto de pesquisa da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), como o IZ, dá uma credibilidade maior pela seriedade de outras pesquisas do Instituto, e que faz a diferença para a sociedade. E essa nova legislação veio ao encontro do que sempre tive em mente – os pesquisadores serem mais participativos, desfrutando dos royalties, um retorno fundamental para meio científico”, destacou Scholze.

Para Waldssimiler Teixeira Mattos, diretor substituto, o Instituto deu um passo importante para o futuro, “uma vez que assinou o primeiro contrato de parceria com uma empresa privada, por meio do seu Núcleo de Inovação Tecnológica – NIT-IZ, que trará ganhos estratégicos e financeiros para os pesquisadores, Instituto e parceiros”.

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Mattos ressaltou a importância da colaboração do Núcleo de Inovação Tecnológica – da APTA e da Fundepag nesta assinatura, na presença da diretora do NIT - APTA, Gisele Anne Camargo e da equipe da Fundepag, com Luciana Teixeira, especialista em Inovação Tecnológica e Sérgio Luiz Tutui, diretor executivo da Fundação. “A participação ativa nas negociações e finalizações da parceria contribuiu para que protocolássemos o primeiro contrato pela APTA na Secretaria.”

A parceria está amparada pela Resolução SAA nº 12, de março de 2016, que regulamenta questões relacionadas à organização e gestão dos processos que orientam a transferência de tecnologia das instituições Científicas e Tecnológicas da pasta, com a interveniência de uma Fundação.

Orlando Melo de Castro, coordenador da Apta, disse que o novo modelo de gestão está focado na eficiência e maior autonomia para os Institutos de Pesquisa, agilizando os procedimentos de convênio, de captação de recursos e de trabalho com a iniciativa privada.

Os Núcleos de Inovação Tecnológica, no âmbito dos institutos de pesquisa da Secretaria de Agricultura têm, entre outras atribuições, o objetivo de analisar e sugerir contratos e parcerias para transferência de direitos de uso de patentes e outras criações dos institutos.

O secretário de Agricultura e Abastecimento, Arnaldo Jardim, destacou que a ação será importante para incentivar os pesquisadores ligados à Pasta, pois a partir de agora, eles terão participações nos lucros das pesquisas. “É um avanço para o Governo do Estado de São Paulo, pois teremos profissionais mais motivados, com uma estrutura mais adequada e incentivos financeiros para desenvolver novas pesquisas, atendendo assim uma determinação do governador Geraldo Alckmin”, ressaltou.

Fundepag

A Fundepag trabalha na viabilização de convênios, acordos ou contratos com entidade públicas e privadas, nacionais e internacionais. Busca somar esforços do Estado e da iniciativa privada, com o objetivo de desenvolver a Ciência e a Tecnologia aplicadas às atividades agroindustriais, englobando desde a pesquisa experimental até a pesquisa para a industrialização da produção agropecuária.

NIT

O NIT está amparado pela Legislação de inovação no âmbito da APTA, dentre elas a Lei Federal de Inovação (Lei 10.973/04), a Lei Nº 13.243, de 11/01/16, chamada Novo Marco Legal, a Lei Complementar (Nº 1.049, de 19 de junho de 2008), que dispõe sobre a inovação tecnológica no Estado de São Paulo e a Resolução Nº 12 da SAA, que aprova a política de propriedade intelectual das instituições científicas e tecnológicas paulistas.

A Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, que concentra os seis Institutos de Pesquisa, realizou semana passada (17/11), o 1º Encontro dos Núcleos de Inovação Tecnológica (NIT da SAA), voltado, justamente, para acompanhar os avanços nos marcos legais voltados à Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação.

Sobre a Mosca do chifre

A mosca-dos-chifres é considerada uma praga em vários países. Os prejuízos estão relacionados a transmissão de patógenos e, principalmente, ao estresse que causa ao animal que, na tentativa de se livrar das moscas se debate muito, gastando energia, diminuindo o tempo de pastejo e ingestão de água.

De acordo com levantamentos de 2014, os prejuízos causados por carrapato do boi e mosca do chifre atingem respectivamente, 3,2 milhões de dólares e 2,5 milhões de dólares por ano no Brasil.


Lisley Silvério (MTb. 26.194)

Assessora de Imprensa
Instituto de Zootecnia
Secretaria de Agricultura e Abastecimento SP
Fone: (19) 3466.9434
E-mail: lisley@iz.sp.gov.br
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