A Pasta amplia suas ações no
desenvolvimento da pesquisa científica para os Sistemas Integrados de Produção
Agropecuária
O Governo do Estado de São Paulo,
por meio da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, comemora os 114 anos do
Instituto de Zootecnia (IZ), 15 de julho, às 14 horas, com a inauguração do
novo Laboratório de Forragicultura, espaço para desenvolvimento de novas
pesquisas nos Sistemas Integrados de Produção Agropecuária. Pioneiro na
pesquisa científica mundial em produção animal sustentável, o IZ, departamento
da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), destaca-se pela inovação em pesquisa
científica e tecnológica, transferindo a técnicos e produtores rurais
informações que refletem em aumento de eficiência e de produtividade no campo
com sustentabilidade, levando ao consumidor final produtos mais saudáveis.
O novo Laboratório de
Forragicultura ampliará a capacidade de análises do Banco Ativo de Germoplasma
(BAG-IZ), o único em diversidade de espécies forrageiras tropicais da América
Latina. A reestruturação do Laboratório foi possível com o investimento de R$
602.889,96, provenientes do total dos R$ 11,665 milhões – aporte financeiro da
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), destinados para
a idealização de todo o Plano de Desenvolvimento Institucional em Pesquisa do
IZ (PDIP/IZ), firmado 2018.
O PDIP/IZ
prioriza três áreas estratégicas – Produção Sustentável de Carne, Produção
Sustentável de Leite e Sistemas Integrados de Produção Agropecuária –, que
potencializam o desenvolvimento das ações de pesquisa já em andamento. Todas as
áreas estão alinhadas com a missão institucional, com os programas estratégicos
da Secretaria de Agricultura e com as políticas públicas do Estado de São
Paulo.
A
readequação da estrutura possibilitou modernizar os equipamentos, a estrutura
civil e elétrica. Toda essa atualização colabora ainda mais para ampliar as
parcerias com empresas públicas e privadas, para desenvolver pesquisas
estratégicas com lançamento de novos cultivares.
A
diretora do Centro de Pesquisa de Nutrição Animal e Pastagem, Luciana Gerdes,
destaca que o novo laboratório possibilitará ampliar a capacidade de análises
dessas plantas, "permitindo maior eficiência e qualidade nos resultados
das pesquisas que envolvem novos cultivares".
Pesquisas
Gerdes
explica que a área estratégica denominada Sistemas Integrados de Produção
Agropecuária foi iniciada e definida como prioridade no IZ, em 2014 , “devido
a grande importância para a produção de alimentos de origem animal e vegetal de
forma sustentável”. “Apenas 5,7 % da área destinada à agropecuária no Estado de
São Paulo são provenientes de algum tipo de integração, demonstrando a
necessidade de investimentos em pesquisa e conciliação com difusão de
conhecimento técnico e capacitação pessoal”, ressalta.
“Todo o
investimento amplia a capacidade de novos estudos nas áreas de identificação e
desenvolvimento de plantas forrageiras com potencial de produção de sementes
resilientes em relação às mudanças climáticas, salientando o gás carbônico (CO2) e o déficit hídrico, com
eficiente uso de nutrientes e desenvolvimento de biotecnologias para redução do
uso de insumos agrícolas, abastecendo, assim, com novos cultivares os projetos
inseridos nos Sistemas Integrados de Produção, para atender as demandas do
estado de São Paulo e do Brasil”, detalha Gerdes.
Os
pesquisadores destacam que a grande coleção de plantas forrageiras,
classificadas como leguminosas, são capazes de fixar o nitrogênio atmosférico
que colaboram com a redução drástica do uso de fertilizantes nitrogenados,
maior acúmulo de carbono nos solos, menor emissão de óxido nitroso, menor
emissão de metano entérico pela ingestão de forragem de maior qualidade e
menores custos de produção.
Segundo o
pesquisador e curador do Banco Germoplasma do IZ, Waldssimiler Teixeira Mattos,
com a efetivação do PDIP/IZ está sendo possível atender aos programas
estratégicos da SAA e do Governo do Estado de São Paulo com foco na geração e
transferência de tecnologias nas áreas estratégicas de produção animal e
interação com as cadeias produtivas.
“Isso
amplia a capacidade de pesquisa, inovação e cooperação científica e tecnológica
do IZ, aperfeiçoando as condições para geração de novos conhecimentos e a
difusão de tecnologias, por meio de investimentos para manutenção e ampliação
da infraestrutura de pesquisa, atendendo a demanda crescente do setor produtivo
e da sociedade”, reforça Waldssimiler.
O IZ
desenvolve projetos de pesquisa de relevância não somente para o Estado de São
Paulo, como para o País – muitos dos materiais genéticos de plantas
forrageiras, utilizados nacionalmente, foram resultados das pesquisas
realizadas no Instituto, por meio do Banco de Germoplasma do IZ.
O diretor
geral do IZ, Luiz Marques da Silva Ayroza, enfatiza que a instituição,
centenária, foi construída por anos – em etapas evolutivas –, se transformando
para atender às demandas da sociedade e das cadeias produtivas. “Demandas impostas
pela complexidade de novos mercados e do novo consumidor, pela necessidade de
adequar e transferir os avanços científicos e tecnológicos ao produtor rural,
priorizando a necessidade de viabilizar o caráter de sustentabilidade nos
modelos de produção animal existentes”, ressalta.
“Pesquisas
científicas e tecnológicas são fundamentais, pois oferecem oportunidades e
inovações aos produtores e podem ser utilizadas em todo o País. A missão do
Instituto de Zootecnia está alinhada ao que nos pede o governador João Dória.
“Diminuir a distância entre a pesquisa e o usuário, afirmado também pelo
Secretário de Agricultura e Abastecimento, Gustavo Junqueira”, completa Ayroza.
Sobre o
IZ
Referência
nacional e internacional por suas pesquisas científicas nas áreas de produção
animal e pastagens, o Instituto teve a contribuição, extremamente marcante e
eficaz, do Doutor Carlos Botelho, que ocupava o cargo de Secretario de
Agricultura, que em 15 de julho de 1905 criou, na Móoca em São Paulo, o Posto
Zootécnico Central, permanecendo até 1929 e depois transferido para o Parque da
Água Branca.
Em 1909,
o Instituto já realizava as primeiras seleções de Gado Caracu, na Fazenda de
Seleção do Gado Nacional, em Nova Odessa (SP).
Em 1970
foi transformado em Instituto de Zootecnia, adaptando-o às necessidades
exigidas pela grande expansão que vinha alcançando a produção animal nas
últimas décadas. De 1970 a 1975, a sede permaneceu no Parque da Água Branca,
transferindo-se então para o município de Nova Odessa (SP).
Sobre o PDIP
Plano de
Desenvolvimento Institucional em Pesquisa da Fundação de Amparo à Pesquisa do
Estado de São Paulo (Fapesp) contou com propostas que responderam ao edital de
R$ 120 milhões, exclusivo para os 20 institutos estaduais de pesquisa.
O edital da
Fapesp para os Planos de Desenvolvimento Institucional em Pesquisa qualificou
os institutos de pesquisa do ponto de vista de modernização da infraestrutura
de pesquisa e também de bolsas de Iniciação Científica, Mestrado, Doutorado,
Doutorado Direto, Pós-doutorado e Bolsa no Exterior. Foi pleiteado ainda
auxílio a Pesquisador Visitante e Jovem Pesquisador em Centros Emergentes.
Os recursos
solicitados estão sendo utilizados para ampliar a capacidade de pesquisa,
visando novos conhecimentos, aumentar a cooperação científica e tecnológica em
pesquisa com outras instituições de referência e aumentar, quali e
quantitativamente, a capacidade institucional para inovação tecnológica.
Serviço:
Inauguração e Solenidade dos 114 anos do IZ
Data: 15 de julho de 2019
Horário: 14 horas
End.: Rua Heitor Penteado, 56, Centro, Nova Odessa (SP)
Por Lisley Silvério (Mtb 26.194)
Assessoria de Imprensa
Instituto de Zootecnia
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