15/10/2012
Meio Ambiente - Pesquisadores do IZ visitam o Projeto FACE EMBRAPA
Pesquisadores do Instituto de Zootecnia (IZ/APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do estado de São Paulo, estiveram na Embrapa Meio Ambiente em Jaguariúna (SP) para visitarem o projeto FACE (Free Air Carbon Dioxide Enrichment). O Programa Climapest FACE refere-se ao impacto das mudanças climáticas sobre diversas culturas agrícolas.
Os pesquisadores do IZ Waldssimiler Mattos, Luciana Gerdes, Josiane Lima, Maria José Valarini, Rosana Possenti, Gunta Gutmanis, Linda Monica Premazzi, Jailton Pizza foram recebidos pela coordenadora de Gestão e Administração do Projeto, a pesquisadora Raquel Ghini.
De acordo com informações da pesquisadora do IZ, Valarini, a articulação entre especialistas para prever os possíveis efeitos das mudanças do clima sobre o agronegócio – antecipando-se aos cenários que preveem tempos difíceis pela frente como elevação de temperatura, de níveis de CO2 e radiação de UVB –, Centros de pesquisa e empresas estão apresentando variedades de plantas mais resistentes a temperaturas mais elevadas e ao ataque de microrganismos causadores de doenças e pragas. “O aumento da concentração de CO2 do ar, por exemplo, pode, por um lado, ter um efeito favorável, ao aumentar a produtividade agrícola e fazer as plantas crescerem mais rapidamente e, por outro lado, predisporem-nas a ataques inusitados de pragas e/ou doenças”, fala.
Segundo a pesquisadora Raquel Ghini, a parte experimental do projeto foi iniciada em agosto de 2011 e ocupa uma área de 6,5 hectares da EMBRAPA/Meio Ambiente, cultivada com cafeeiro. “Os cafeeiros que fazem parte dos tratamentos estão contidos dentro de octógonos de 10 m de diâmetro e recebem doses extras de CO2 para uma concentração de 550 ppm, simulando uma atmosfera do final do século”, explica.
“Os sensores acionados automaticamente, de acordo com a direção e intensidade do vento, liberam sobre as plantas 600 kg de CO2, saído de um tanque de 10 metros”, detalha Ghini.
As demais parcelas contam apenas com o CO2 da atmosfera (400 ppm). Recebendo os mesmos tratamentos, está semeada, em pequenos espaços das parcelas, a gramínea forrageira brachiaria que, de acordo com Ghini, “também, deverá ser analisada quanto aos efeitos do aumento da concentração de CO2 atmosférico”.
Ghini destaca que o FACE da EMBRAPA ocupa o 7º lugar dentre os FACEs instalados em outros países, notadamente pela área dos octógonos (10 m f). “O projeto, de caráter multidisciplinar, envolve pesquisadores de diferentes áreas e instituições, os quais irão analisar, ao final, de pelo menos dois anos, variados aspectos da cultura do cafeeiro, incluindo produção, fisiologia, fitopatologia, resistência a pragas e do solo, como microbiologia, química, bioquímica e física”, conclui.
LISLEY SILVÉRIO - Jornalista resp.
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