29/07/2013
IZ realiza VII Curso controle da verminose em pequenos ruminantes
Nesta quinta-feira, dia 01 de agosto de 2013, o Instituto de Zootecnia de Nova Odessa (APTA/SAA) irá realizar o VII Curso de Controle da Verminose em Pequenos Ruminantes.
O objetivo do evento é atualizar médicos veterinário, agrônomos e zootecnistas que estão no campo, bem como estudantes destas profissões, sobre a situação atual do controle da verminose em ovinos e caprinos.
Pesquisadores da Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo, juntamente com pesquisadores da EMBRAPA Pecuária Sudeste, realizaram um projeto para conhecer a situação da resistência de helmintos gastrintestinais a anti-helmínticos no Estado de São Paulo, e os resultados foram alarmantes! Em quase todas as propriedades visitadas encontrou-se resistência de Haemonchus. e Trichostrongylus, os principais vermes de ovinos e caprinos, aos produtos testados (a base de albendazole, levamisole, ivermectina, moxidectina e closantel). Os produtores ainda utilizam muito vermífugo sem recomendação técnica, e os próprios técnicos que estão no campo estão desinformados ou desatualizados sobre as últimas recomendações a respeito do problema da resistência e seu controle. Ovinos e caprinos têm suas defesas contra a infecção por estes parasitas, e aumentá-las por meio da melhoria das condições nutricionais, através de um bom manejo da pastagem (formação de pastos com forrageiras de algo valor nutritivo, manutenção dessa pastagem por meio de adubação química, e rotação de pastos) pode, por si só, fazer muito mais para diminuir o parasitismo do rebanho do que a aplicação isolada de vermífugo no rebanho.
O recomendado atualmente pelos técnicos que estudam o assunto é:
1º) Testar a eficácia do produto químico que está sendo utilizado na propriedade. Um produto para ser eficaz deve ter eficácia superior a 90%.
2º) Não utilizar o vermífugo em todos os animais do rebanho ao mesmo tempo, de modo a permitir que vermes suscetíveis ao anti-helmíntico possam não ser atingidos e permanecer na propriedade, o que colabora para manter a eficácia dos vermes a um determinado anti-helmíntico por mais tempo. Para isso, pode-se utilizar o vermífugo estrategicamente, de acordo com a categoria animal (logo após o parto, ou no terço final da gestação, nos cordeiros ao desmame), e/ou realizar o método Famacha® que vermífuga o animal de acordo com a coloração da mucosa ocular. Animais com mucosa vermelha ou vermelha escura não são vermifugados. Esse método, de aplicação seletiva de vermífugos deve levar em conta também a aparência geral do animal: o aspecto do pêlo (se está opaco, sem brilho, e arrepiado) ou da lã (se solta com facilidade) e a condição corporal (se o animal está magro), e/ou com presença de diarreia. Caso o animal apresente um desses sintomas também deve ser vermifugado. Para não haver perda de animais (mortes devido à verminose) o controle seletivo de todo o rebanho deve ser feito a cada 15 dias, podendo ser efetuado até a cada 8-10 dias em situações que são favoráveis ao Haemonchus contortus, verme mais prevalente e patogênico dos ovinos: calor e chuvas.
Durante o curso haverá aula prática, ensinando a utilizar o método Famacha®. Maiores informações sobre a programação do curso e como se inscrever, pelo site www.infobibos.com/verminose
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