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Avaliação do emprego de estímulo tátil em diferentes idades em bovinos leiteiros

Autores
Nathália Raquel Menegante Néri

Resumo

O trabalho avaliou o efeito da estimulação tátil na aproximação entre tratador-bezerra, no comportamento de novilhas primíparas durante a ordenha e na produção de leite através do teste de reatividade. O experimento foi conduzido no Instituto de Zootecnia, localizado no município de Nova Odessa – SP. Foram utilizadas 22 bezerras leiteiras e 10 novilhas primíparas da raça Holandesa. Metade do grupo de bezerras e do grupo de novilhas receberam treinamento com estimulo tátil em todas as partes do corpo, com duração de cinco minutos; a outra metade não recebeu a estimulação (controle). Foi realizado o teste de reatividade antes do início do treinamento, no final do treinamento e depois de 60 dias do término do treinamento, para todas as bezerras. Foram avaliados escores de reatividade para deslocamento e movimentação, verificando se houve tentativa de fuga na área teste, se a bezerra permitiu a estimulação, e quanto tempo demorou para que esta fosse permitida no corpo todo. Foram registradas medidas fisiológicas frequência respiratória e temperatura mínima, média e máxima do olho (através da câmera termográfica) e ambientais (umidade relativa do ar e temperatura do ambiente). Durante o treinamento foram registradas atividades comportamentais de cada bezerra como postura corporal (deitado, em pé), mugido, pastejo e ruminação, e avaliados escores de reatividade para estímulo tátil e deslocamento. Para as novilhas foram analisadas atividades comportamentais como mugido e ruminação, e avaliados escores de reatividade para deslocamento e movimentação. Foi realizada uma avaliação durante a ordenha para todas as novilhas dos dois tratamentos (estímulo tátil e controle). Foram registrados: tempo em que a novilha permaneceu na baia, lado em que a novilha entrou para ser ordenhada (direito ou esquerdo), baia em que ela ficou (primeira, segunda, terceira ou quarta), tempo de descida do leite, se a novilha tentou fugir da baia, se ela tirou as teteiras, e a produção de leite. Foi realizada uma análise descritiva dos dados: as médias das variáveis fisiológicas em bezerras no período de treinamento foram comparadas pelo teste t de Student, as frequências foram comparadas pelo teste de Qui-quadrado e a curva de lactação pelo modelo de Wood. A estimulação tátil foi aceita pelas bezerras nos primeiros dias de treinamento. Após 60 dias da realização do segundo teste de reatividade houve um aumento significativo, de 45,4%, na frequência de tentativa de fuga em bezerras que não foram estimuladas. Bezerras estimuladas apresentaram uma redução significativa na frequência de deslocamento e movimentação constante do primeiro para o segundo teste. Durante o treinamento em novilhas o deslocamento e movimentação frequente diminuíram do período inicial para o final (60,0% para 25,7% e 33,3% para 22,9%, respectivamente). Novilhas estimuladas apresentaram um escore 5 significativamente menor do que novilhas não estimuladas, na hora de colocar as teteiras. A produção média de leite de novilhas estimuladas foi superior. A estimulação tátil realizada por humano em bezerras e novilhas leiteiras mostrou ser benéfica para a aproximação entre tratador-bezerra e para o comportamento de novilhas durante a ordenha, aumentando sua produção de leite.

Palavras-chave: bezerros, comportamento animal, novilhas, temperamento.

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