Autores
Juliane Cristine Rocha da Cruz
Resumo
Staphylococcus spp. estão entre os principais agentes etiológicos da mastite bovina. Esses microrganismos são relatados como importantes contaminantes de leite cru e seus derivados, sendo capazes de produzir diversas toxinas, capazes de provocar surtos de intoxicação alimentar, e síndrome do choque tóxico em humanos. Embora as intoxicações alimentares estejam mais relacionadas a Staphylococcus aureus, há relatos de cepas de Staphylococcus coagulase negativa (SCN) produtoras de toxinas. Neste cenário, o objetivo deste estudo foi investigar a presença dos genes sea, sec e tst, responsáveis pela produção das enterotoxinas estafilocócicas A, C e da TSST-1, respectivamente, em 67 cepas de Staphylococcus spp. resistentes a princípios ativos antimicrobianos (27-S. aureus, e 40-SNC), isoladas de amostras de secreção láctea de novilhas e vacas com mastite clínica ou subclínica de propriedades comerciais e experimentais do estado de São Paulo, Brasil. Por meio da técnica de PCR, não foram encontrados em nenhuma das 67 cepas os genes sea e tst, entretanto o gene sec foi detectado em 20 cepas (29,85%) de S. aureus. A presença do gene sec em amostras de leite de vacas com mastite pode representar um sério risco do ponto de vista epidemiológico, uma vez que, quando se trata de saúde pública, a detecção de genes de virulência em amostras de alimentos, pode representar um risco à saúde do consumidor. Além disso, esses microrganismos podem conter outros genes de virulência não avaliados no presente estudo.
Palavras-chave: enterotoxinas; intoxicação alimentar; PCR; toxina-1 da síndrome do choque tóxico
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