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SOJA MICRONIZADA E LIPASE EXÓGENA NA DIETA DE LEITÕES DESMAMADOS

Autores
Acalian Sousa Nunes de Deus

Resumo

Visto que o desmame é uma fase de grande estresse para o leitão, buscam-se ingredientes que possam ser inseridos na dieta destes animais, estimulando o consumo, melhorando a digestibilidade e reduzindo o nível de transtornos alimentares no pós-desmame. Um dos ingredientes mais utilizados na alimentação de suínos é o farelo de soja (FS), porém este traz consigo vários fatores que dificultam seu uso. Neste contexto, surge a soja micronizada (SM), que além de ser uma fonte alternativa de proteína, sua pequena granulometria melhora a solubilidade e facilita a assimilação de nutrientes pela ação de enzimática, dessa forma podendo promover melhorias no desempenho e digestibilidade nos animais. Com o objetivo de avaliar o efeito da inclusão da enzima exógena lipase na dieta de leitões desmamados. O experimento foi divido em dois períodos, sendo testados dois níveis de inclusão de enzima exógena lipase (0 ou 150g/ton) em dietas formuladas com FS ou SM. O período 1 – ensaio de digestibilidade, foram utilizados 20 leitões machos com pesos homogêneos, alojados em gaiolas metabólicas contendo um animal em cada. Para a coleta de dados usou-se o método de coleta total de fezes e urina. Avaliou-se matéria seca, nitrogênio, energia bruta. O delineamento utilizado foi blocos ao acaso em esquema fatorial 2 x 2. O período 2 – ensaio de desempenho, foram utilizados 74 leitões com pesos homogêneos, distribuídos em 18 baias suspensas, sendo que cada baia continha dois animais, um macho e uma fêmea. Avaliou-se o ganho de peso, consumo de ração, conversão alimentar, índice de diarreia e viabilidade econômica. O delineamento utilizado foi blocos ao acaso em esquema fatorial 2 x 2. Para a análise de índice de diarreia foi realizado um teste de frequência. Os resultados do ensaio de digestibilidade não foram significativos entre os tratamentos na fase Pré-Inicial I e II (p>0,05), apenas na fase Inicial a variável DMS apresentou significância para o tratamento com SM em detrimento aos outros. No ensaio de desempenho, na fase Pré-Inicial I o tratamento FS apresentou maior CDR e GDP em relação ao SM + L, consequentemente a dieta FS demonstrou melhor CA. Na fase Pré-Inicial II os tratamentos FS e FS + L apresentaram diferença estatística (p< 0,05) para CDR e GDP quando comparados aos tratamentos SM e SM + L, consequentemente as dietas à base de FS foram melhores para CA (p<0,05). Na fase Inicial (0 a 42 dias) observou-se a mesma tendência, porém a CA nesta fase não teve diferença estatistas entre os tratamentos (p>0,05). A análise de incidência de diarreia não observou se diferenças entre os tratamentos (p>0,05). E para o índice bioeconômico o tratamento FS na avaliação do período total demonstrou os melhores resultados, sendo o mais viável economicamente.

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