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PERFIL OXIDATIVO E BIOQUÍMICO DE VACAS DA RAÇA GIR LEITEIRO DURANTE O PERÍODO PERIPARTO

Autores
Helena Corrêa Pinto de Mendonça Mendes

Resumo

O período de transição em vacas leiteiras demanda atenção devido a diversas mudanças na homeostase que são acompanhadas de aumento na necessidade de oxigênio para os tecidos, resultando em consequente incremento na produção de espécies reativas de oxigênio (EROs). Este aumento aliado ao comprometimento do sistema antioxidante gera um estresse oxidativo que pode estar ligado à ocorrência de doenças em animais de produção. Objetivou-se com esse estudo avaliar o estresse oxidativo e o perfil bioquímico de vacas da raça Gir Leiteiro no período periparto, além de verificar a influência da estimulação tátil no pré-parto sobre o status oxidativo dos animais. A bioquímica sérica e as enzimas antioxidantes de trinta e cinco (n = 35) novilhas Gir Leiteiro foram avaliadas de junho a novembro de 2017 no Centro Experimental EPAMIG em Uberaba, MG, Brasil. As coletas sanguíneas seriadas foram realizadas 30 e 16 dias antes do parto e aos 7, 14, 28 e 42 dias pós-parto. As características analisadas foram: ácido úrico, cobre, ferro, zinco, albumina, bilirrubina total, superóxido dismutase (SOD) e glutationa peroxidase (GSH-Px), por meio de um modelo linear, empregando-se uma distribuição de Poisson, através do procedimento GENMOD (SAS 9.2, 2013). A análise de variância para todas as características indicou que não houve efeito significativo da estimulação tátil aplicada nas vacas no pré-parto (p> 0,05). Portanto, para avaliar o efeito do tempo de coleta, os animais foram reunidos em um único grupo (n = 35). As médias e desvios padrão aos 30 dias antes do parto (T0) foram utilizados para compor o intervalo de referência. Cobre, zinco e albumina variaram dentro dos intervalos de referência, embora o cobre tenha aumentado 45,92% 16 dias pré-parto em comparação à média em T0 (115,69 μg/dL). O ácido úrico aumentou durante o período de transição, com médias sem diferença estatística (p> 0,05) até 16 dias antes do parto, quando houve aumento de 67,57% no metabólito em relação à média do T0. As concentrações de ácido úrico encontradas após 28 dias pós-parto foram diferentes (p <0,05) das médias encontradas no pré parto e primeira semana pós-parto e um aumento de 107,57% aos 45 dias de puerpério foi observado. A SOD e GSH-PX aumentaram progressivamente a partir de 15 dias pré-parto, sendo observado aumento de 149,52% acima do limite máximo do intervalo de referência para SOD. Dessa forma, nas condições em que este experimento foi realizado, pode-se concluir que a estimulação tátil não influencia no perfil oxidativo e bioquímico de novilhas Gir leiteiro no período de transição, embora o período periparto ocasione estresse oxidativo em animais dessa categoria.

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