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RELAÇÕES DE EFICIÊNCIA ALIMENTAR COM O COMPORTAMENTO EM CORDEIROS

Autores
Luiza Vage Coelho Sartori

Resumo

Objetivou-se com este trabalho avaliar a relação de indicadores
comportamentais e fisiológicos de estresse sobre a eficiência alimentar de
cordeiros em fase de terminação. Foram utilizados 40 cordeiros Santa Inês,
não castrados, com idade inicial média de 120±30 dias e peso inicial de
28,9±3,2 kg. Os animais permaneceram em uma estrutura composta por
cochos e bebedouros eletrônicos, além de balança de pesagem corporal, com
tecnologia de radiofrequência (RFDI) que gerou diariamente dados de
consumo individual por animal (CMD), consumo de água (IDA), peso corporal
(PC) e informações de comportamento alimentar, tempo de permanência em
cocho (TTPC), número de visitas no cocho (NTV) com (NTCC) e sem consumo
(NTVSC) diário. A prova de ganho de peso foi realizada por 60 dias sendo 15
dias de adaptação. Os animais foram avaliados para consumo alimentar
residual (CAR), conversão alimentar (CA), eficiência alimentar (EA), taxa de
kleiber (TK) e taxa de crescimento relativa (TCR). As coletas de sangue foram
realizadas em três períodos para posterior quantificação sérica de cortisol. Os
comportamentos dos animais foram observados por um período total de 30
horas, em três períodos do experimento (primeira, quarta e oitava semana). Os
animais foram dispostos em um delineamento inteiramente casualizado, e os
dados foram submetidos às análises de variância pelo procedimento MIXED
(SAS, Inst, Inc v. 9.2® cary, NC). Os animais foram divididos em mais eficientes
(CAR-) e menos eficientes (CAR+) de acordo com a classificação do CAR. As
médias dos dois grupos foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de
probabilidade e, as análises de correlação de Pearson foram realizadas pelo
procedimento CORR. As médias para os animais CAR+ e CAR- para cortisol e
relação N:L não apresentaram diferenças (p>0,05). O CMD apresentou
diferença de 22% entre animais CAR+ e CAR-, sendo superior para os animais
CAR+(p<0,05). As médias de TTPC foram de 87,58 min/dia e 71,05 min/dia
para CAR- e CAR+, respectivamente (p<0,01). A IDA apresentou valores de
2,79l/dia e 3,06l/dia, respectivamente, para CAR- e CAR+ (p<0,01). O cortisol
não apresentou correlação significativa com as medidas de eficiência CAR, CA,
EA, TK e TCR; entretanto o NTVCC, TTPC e temperamento apresentaram
correlações significativas com todas as medidas de eficiência. No presente
trabalho não foi encontrado relação entre as medidas de eficiência com
indicadores fisiológicos de estresse, entretanto, o comportamento se difere
entre as classes de CAR.

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