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MODELOS DE PREDIÇÃO DO ESTRO DE NOVILHAS GIR LEITEIRO

Autores
Valesca Vilela Andrade

Resumo

O trabalho teve como objetivos avaliar as mudanças na temperatura
corporal interna, por meio de informações contínuas da temperatura retículo-ruminal
(TRR), e na atividade dos animais, associadas ao estro em novilhas Gir Leiteiro e
testar a habilidade de diferentes modelos em predizer a ocorrência do estro
utilizando essas informações como preditores do evento. Os dados foram obtidos
por meio de dispositivos bolus administrados em 45 novilhas e as informações foram
registradas a cada 10 minutos. As novilhas foram sincronizadas por meio de
implantes intravaginais de progestágeno. As médias de TRR foram comparadas em
diferentes intervalos de tempo, sendo consideradas as horas antes e após a primeira
observação de receptividade sexual, para detectar mudanças no padrão das TRR no
pré-estro e no estro. Foram considerados intervalos de 2, 4, 6, 8 e 12 horas antes e
após o primeiro momento de receptividade sexual, sendo comparados com as
mesmas horas no dia anterior e no dia seguinte. Para a atividade, os intervalos de
tempo foram baseados no momento da retirada dos implantes de progestágeno até
6, 12, 18 e 24 horas após e estes foram comparados com as médias nos mesmos
intervalos de horas do dia anterior. A análise de variância para ambas as variáveis
foi realizada por meio de modelos mistos. Os efeitos de período, de tempo, de
interação período com tempo e grupo foram considerados no modelo. Também
foram incluídos como covariáveis no modelo (efeitos lineares) o índice de
temperatura e umidade (ITU) por hora e a hora do dia. As médias foram estimadas
por quadrados mínimos e comparadas pelo teste Tukey-Kramer ao nível de
probabilidade de 5%. Os modelos de predição de regressão logística, floresta
aleatória e análise discriminante linear foram testados utilizando informações de
TRR, atividade do animal, hora do dia e ITU como preditores e a presença ou
ausência do estro como valor a ser predito. Na comparação de médias estimadas de
TRR no pré-estro, em todos os períodos de comparação, as TRR que antecedem o
estro se assemelham às TRR das mesmas horas do dia anterior (p>0,05), diferindose
das TRR nas mesmas horas do dia seguinte nos períodos de 2, 4, 6 e 8 horas
(p<0,05). Para as horas após o momento de receptividade sexual, no dia do estro,
as médias estimadas foram maiores (p<0,05), para todos os tempos estudados,
quando comparadas com as médias do dia anterior e do dia seguinte ao estro. As
médias de atividade foram maiores (p<0,05) para todos os períodos após a retirada
do implante quando comparadas aos mesmos períodos do dia anterior. O modelo de
floresta aleatória apresentou melhor desempenho, em que a capacidade de predizer
corretamente os casos de ocorrência de estro foi de 51,70 % e a proporção de
predições corretas foi de 0,87. Há mudanças na TRR e na atividade durante os
períodos avaliados e estas são variáveis importantes para inclusão nos modelos de
predição. O modelo de Floresta Aleatória apresentou melhor desempenho para a
predição do estro aplicando essas variáveis como preditores do evento.

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