Autores
Thiago Herling da Cruz Madeira
Resumo
A pecuária brasileira possui grande destaque mundial em diversos números
produtivos, um dos fatores que contribuem para o sucesso da atividade é o uso de
forrageiras tropicais, que se adaptaram ao país e possuem boa produção de
biomassa. O Brasil possui grande variedade de cultivares forrageiras, principalmente
dos gêneros Urochloa e Megathyrsus, entretanto os pecuaristas necessitam de
novos cultivares com alta produção de forragem e adaptados aos seis diferentes
biomas brasileiros, fato evidenciado pela preferência entre os produtores do mesmo
cultivar (Urochloa brizantha cv. Marandu), que está presente em quase metade das
áreas de pastagens plantadas. Entretanto, o cultivar citado não se adapta a todos os
biomas brasileiros, que trouxe prejuízos aos pecuaristas de diversas regiões do
Brasil, como o surgimento da doença conhecida como “síndrome da morte do capim
braquiária”. Uma alternativa é o melhoramento de plantas, buscando novas
forrageiras com boa produção forrageira e adaptadas aos diferentes ecossistemas
presentes no Brasil. O processo de melhoramento é complexo e exige muitos
recursos e tempo. O melhoramento do gênero Urochloa apresenta algumas
dificuldades, em destaque anormalidades meióticas da formação dos gametas
masculinos, que como consequências os novos híbridos com frequência apresentam
baixos índices de produção de sementes. Para sustentar o destaque brasileiro no
setor pecuário é fundamental que novos estudos sejam realizados avaliando os
novos híbridos gerados pelo melhoramento de forrageiras, que garanta o
lançamento de novos materiais no mercado, com boa produção forrageira,
adaptação aos biomas brasileiros e com altos índices de produção de sementes.
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